O Acre está em situação de emergência devido à superlotação das unidades de saúde, conforme decreto divulgado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (19). A qualidade precária do ar, intensificada por ondas de calor, seca e estiagem, está entre as principais causas.
Estudos técnicos da Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) expõem a situação crítica do ar.
Dados de monitoramento revelam que, em setembro, a concentração de poluentes em Rio Branco ultrapassou cinco vezes o índice recomendado. Em um registro do dia 9, a cidade apresentou 83 microgramas por metro cúbico de material particulado. Esse monitoramento provém de uma colaboração entre o Ministério Público do Acre, a Universidade Federal do Acre e outras instituições estaduais.
Em relação às queimadas, somente na primeira metade de setembro, o Acre reportou 1.470 focos de incêndio. Feijó lidera o ranking municipal com 356 focos, seguido por Tarauacá e Cruzeiro do Sul. A capital, Rio Branco, apresentou 76 registros. No entanto houve uma queda de mais de 60% nos focos de queimadas em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O decreto confere à Sesacre a coordenação das ações, e as demais entidades do governo do Acre a função de atender as demandas emergenciais, com o objetivo de reestabelecer a normalidade.