O governador do Acre, Gladson Cameli, foi notificado pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Defensoria Pública da União (DPU) sobre a iminente crise migratória no estado, devido a um decreto peruano que prevê a deportação de imigrantes. Os órgãos solicitam a elaboração, em 15 dias, de um plano de contingência para acolhimento humanitário dessas pessoas.
Relatórios indicam a falta de abrigos adequados no Acre, obrigando muitos migrantes, incluindo grupos vulneráveis, a buscar acomodações por conta própria, especialmente nas regiões fronteiriças. A recomendação, assinada pelo procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, defensora pública federal Carla Pedroso de Mendonça e procurador do Trabalho Igor Sousa Gonçalves, fundamenta-se em direitos humanos previstos na Constituição e normas internacionais.
Cameli tem dez dias para responder à recomendação, sob risco de medidas judiciais em caso de omissão.