Ameaças de Desmatamento na Amazônia em 2024: Plataforma de Inteligência Alerta sobre Riscos Ambientais
A situação ambiental na região amazônica em 2024 é alarmante, de acordo com dados recentes divulgados pela plataforma de inteligência artificial PrevisIA, desenvolvida pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O relatório revela que uma extensão significativa de 4,6 mil quilômetros quadrados, equivalente a mais de três vezes a área da cidade de São Paulo, enfrenta riscos substanciais de desmatamento, incluindo categorias de risco alto, muito alto e médio.
Além disso, a estimativa global para o desmatamento em toda a Amazônia em 2024 é ainda mais alarmante, prevendo a destruição de uma área total de 10.190 quilômetros quadrados. Essa extensão corresponde a aproximadamente sete vezes o tamanho da cidade de São Paulo ou o equivalente a um espantoso índice de 3 mil campos de futebol desmatados diariamente.
Embora a PrevisIA tenha identificado uma possível redução na taxa de desmatamento em relação aos anos anteriores, as projeções para 2024 continuam a apontar desafios significativos para as políticas de preservação ambiental. O pesquisador do Imazon, Carlos Souza Jr., enfatizou a necessidade premente de intensificar as medidas de proteção florestal, especialmente diante dos riscos exacerbados de incêndios e secas extremas que contribuem para a degradação das áreas florestais.
“É imperativo que as ações de preservação sejam intensificadas, considerando o ritmo contínuo de desmatamento em vastas regiões da Amazônia”, ressaltou o pesquisador. Ele destacou ainda a importância de priorizar a proteção das áreas identificadas como de alto risco, a fim de evitar a devastação irreversível.
No cenário local, o Acre, infelizmente, contribui significativamente para esse panorama desolador, com previsões indicando que o estado será responsável por 9% do desmatamento total projetado para 2024 na Amazônia. O município de Feijó, em particular, figura entre os mais vulneráveis, com uma previsão de devastação de aproximadamente 162,7 quilômetros quadrados para o próximo ano, se as projeções se confirmarem.
Diante dessas preocupações crescentes, a comunidade científica e os órgãos responsáveis pela preservação ambiental devem redobrar os esforços para conter a contínua destruição da rica e vital floresta amazônica. A conscientização e a ação imediata são cruciais para evitar consequências devastadoras não apenas para o ecossistema amazônico, mas também para todo o equilíbrio ambiental global.