Câmara Criminal Mantém Absolvição de Policial Federal que Matou Estudante em Boate

A Câmara Criminal negou, por unanimidade (3×0), o pedido do Ministério Público do Acre (MP-AC) para anular o julgamento que absolveu o policial federal Victor Campelo. O policial foi acusado de matar o estudante Rafael Frota com um tiro em uma boate em 2 de julho de 2016. O julgamento ocorreu em janeiro deste ano, e os jurados decidiram, por 4 a 3, pela absolvição de Campelo.

O recurso do MP-AC pedia a anulação da decisão dos jurados, argumentando que era “absolutamente contrária à prova dos autos”. Contudo, a Câmara Criminal, por unanimidade, manteve a absolvição do policial.

O advogado de defesa, Wellington Silva, comemorou a decisão, afirmando que o recurso do Ministério Público era apenas um “inconformismo” com a derrota no Tribunal do Júri. Ele destacou que a decisão dos jurados se baseou nas provas apresentadas no processo.

O policial federal, Victor Campelo, foi acusado de homicídio e tentativa de homicídio. O julgamento ocorreu na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar ao longo de três dias, resultando na decisão de absolver o réu por 4 a 3.

A mãe da vítima, Neide Frota, expressou durante o julgamento a dor pela perda do filho. O policial pediu desculpas à mãe de Rafael, e o juiz Alesson Braz destacou a necessidade de debater o uso de armas por agentes de segurança em locais com consumo de álcool.

O crime ocorreu em julho de 2016, e Campelo alegou legítima defesa, alegando ter sido agredido. O processo dentro da Polícia Federal foi arquivado, e o policial, atualmente, não reside mais no Acre.