Aumento de dengue e Covid leva Acre a 94% de ocupação em leitos de UTI

O estado do Acre enfrenta uma situação crítica com a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), atingindo 94% de ocupação, conforme relatos das unidades de saúde. O aumento na procura por atendimento é resultado do crescimento dos casos de dengue, associado ao período de chuvas, e ao aumento de casos de Covid-19.

As unidades de saúde, incluindo postos e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), têm enfrentado um aumento significativo na demanda nas últimas semanas. Essa crescente procura tem impactado diretamente as vagas de UTI no estado, que conta com 67 leitos, dos quais 63 estão atualmente ocupados.

A situação mais preocupante é observada no Pronto-Socorro, que recebe pacientes em estado crítico. Dos 27 leitos disponíveis, apenas 1 está desocupado. O hospital Santa Juliana, com 20 leitos de UTI, também atendendo pacientes do SUS, apresenta apenas uma vaga disponível.

No Hospital do Juruá, dos 10 leitos existentes, 8 estão ocupados, de acordo com o monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde. Na Fundação Hospitalar, que realiza cirurgias eletivas, todos os 10 leitos de UTI estão ocupados, embora o impacto dos casos de Covid-19 e dengue seja menor.

No início de janeiro, o Acre registrou mais de 1,2 mil casos de dengue, representando uma média de 80 casos diários, considerando os subnotificados. Quanto à Covid-19, ainda não há registros oficiais para janeiro, mas suspeita-se que o número real seja significativamente maior, uma vez que os efeitos amenizados pela vacina podem levar muitas pessoas a não realizarem o teste.