No próximo sábado, dia 02 de março, o Teatro Laboratório da Universidade Federal do Acre (Ufac), Campus Rio Branco, será palco de uma edição inédita do grupo Macaco Prego da Macaca Colorida, apresentando o espetáculo “O Gato”, com direção de Humberto Issao Sueyoshi e escrita pelo dramaturgo e professor da Ufac, Écio Rogério da Cunha.
A peça de teatro, recomendada para maiores de 16 anos, narra a complexa história do fim de um relacionamento entre um casal homoafetivo, abordando a temática LGBTQIA+, explorando como o lado obsessivo dessa trajetória pode ter consequências devastadoras, independentemente da orientação sexual, afetando mental e fisicamente, e até mesmo ceifando vidas.
Ao contar histórias reais de casais, a peça é inspirada no término de um relacionamento, destacando como isso impacta as pessoas envolvidas. Os personagens proporcionam uma experiência de identificação, abordando a vivência tanto na esfera pública quanto na privada, explorando emoções frquentemente negadas, mas universalmente vividas.
O ator e digital influencer Douglas Mero, que interpretará o personagem André, um personagem divertido e alto astral, revela a esperança de que a peça toque profundamente na humanidade, incentivando a reflexão sobre términos sem se tornar obsessivo.
“Eu acredito que muita gente vá se identificar com os personagens em si. Os personagens trazem muito essa questão da vivência, das emoções que a gente nega, mas elas acontecem, e com as mensagens que os personagens transmitem, as pessoas vão se identificar sim”, disse.
A obra também destaca a importância da saúde mental, promovendo a busca por terapia como ferramenta valiosa para superar desafios psicológicos. Além disso, aborda a temática homoafetiva de maneira sensível, afastando os estereótipos depreciativos frequentemente associados à comunidade LGBTQIA+.
Ao colocar os personagens no centro da narrativa, a peça busca romper com a marginalização, oferecendo representatividade e naturalidade às vivências de relacionamentos, términos e pós-relacionamentos.
“O que me toca nessa peça é por ser uma peça que fale sobre a temática homoafetivo, porque traz a questão humana, não somente a questão da depravação como é exposto, porque somos muito expostos de uma maneira pejorativa”, salienta Douglas.
O ator destaca a importância da peça ao proporcionar esperança de que pessoas LGBTQIA+ possam ocupar espaço na arte, contando suas histórias e narrativas. O convite ao público é um apelo para prestigiar um trabalho regional, feito com carinho, empenho e dedicação, que retrata a vida de pessoas comuns em situações cotidianas. A mensagem central é um alerta sobre relacionamentos tóxicos e manipuladores, detacando a importância da terapia como caminho para o bem-estar.
“O Acre cresce bastante quando a gente tem produções artísticas, seja através de textos, da música, da peça, de acreanos, é muito bom quando o público acreano valoriza. Então, quero deixar o meu convite, pra você assistir essa peça maravilhosa, prestigiar esse momento ímpar que é a nossa estreia no palco no ano de 2024”, enfatiza Mero.

Matéria escrita por Mirlany Silva