Nesta terça-feira (5) a cidade de Rio Branco, no Acre, enfrenta uma das piores enchentes já registradas em sua história.
O Rio Acre atingiu a marca de 17,84 metros às 9h, segundo informações da Defesa Civil Municipal, tornando esta a segunda maior enchente já registrada na capital acreana.
Com apenas meio metro de diferença da maior cota histórica, que foi de 18,40 metros em 2015, a população enfrenta momentos de grande apreensão diante do avanço das águas.
Nas últimas 24 horas, o nível do rio subiu nove centímetros, enquanto a região recebeu cerca de 8,4 milímetros de chuva.
Os impactos da enchente
Mais de 3,8 mil pessoas estão desabrigadas e mais de 11 mil estão desalojadas.
Somente no Parque de Exposições, mais de 3,3 mil pessoas estão abrigadas, totalizando 829 famílias.
Este local conta com 870 boxes instalados para acomodar os desabrigados.
A situação se agrava ainda mais com a inundação de 46 bairros na capital acreana e 23 comunidades rurais, sendo que quatro delas estão isoladas.
Mais de 60 mil pessoas foram afetadas pela enchente em Rio Branco, levando à abertura de 11 abrigos, sendo 10 em escolas públicas e um no Parque de Exposições.
Apoio a comunidade
Diante da gravidade da situação, uma comitiva de ministros, incluindo Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, e Marina Silva, do Meio Ambiente, chegou ao Acre nesta segunda-feira (4) para inspecionar as áreas afetadas pelas enchentes.
O Ministro Waldez Góes destacou a importância da união entre governo, estado e prefeitura para atuar na prevenção e gestão desses desastres naturais.
Durante a visita, os ministros percorreram abrigos e áreas atingidas pelas enchentes em Rio Branco e no município de Brasileia.
No total, 19 municípios do Acre estão em estado de emergência, com aproximadamente 26 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
Os municípios em estado de emergência têm a possibilidade de solicitar recursos do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para assistência à comunidade afetada, conforme reconhecimento pela Defesa Civil Nacional, através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.
Dados
Além disso, dez escolas municipais foram designadas para abrigar famílias afetadas pela enchente, incluindo a Escola Álvaro Rocha, Escola Ilka Maria, Escola Alcimar Leitão, Escola Anice Janete, Escola João Paulo, Escola João Aguiar, Escola Maria Lúcia, Escola Marina Vicente, Escola Chico Mendes (exclusiva para famílias com crianças com Transtorno do Espectro Autista – TEA) e Escola Carlos Vasconcelos. No total, essas escolas estão abrigando 184 famílias, totalizando 563 pessoas.
O número total de desabrigados no município de Rio Branco é de 1.013 famílias e 3.867 pessoas.
A enchente afeta significativamente a cidade, atingindo 45 bairros e 23 comunidades rurais. Mais de 17 mil famílias e 70 mil pessoas estão sendo afetadas pelo desastre.
Esses dados foram atualizados em 5 de março de 2024, às 9h30, pela Prefeitura de Rio Branco. A situação continua sendo monitorada de perto pelas autoridades locais.
Número de acolhidos nos abrigos do Município
Parque de Exposições:
Famílias: 829
Pessoas: 3.316
Boxes instalados: 870
Dez escolas:
Escola Rocha
Escola Ilka Maria
Escola Alcimar leitão
Escola Anice Janete
Escola João Paulo
Escola João Aguiar
Escola Maria Lucia
Escola Marina Vicente
Escola Chico Mendes – exclusiva para famílias com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Escola Carlos Vasconcelos
Famílias: 184
Pessoas: 563
Total geral de DESABRIGADOS
Famílias 1.013
Pessoas 3.867
ATINGIDOS
Bairros: 45
Comunidades Rurais: 23
Famílias: 17 mil
Pessoas: 70 mil
Atualização – 05/03/2024 – 09h30