O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão, afirmou na manhã deste sábado, 9, a possibilidade iminente de uma nova enchente, conhecida popularmente como “repiquete” do Rio Acre, e, para o risco de transbordos dos igarapés na capital acreana.
De acordo com ele, nos 8 primeiros dias de março, choveu a metade do esperado para todo o mês, indicando a necessidade de atenção redobrada da Defesa Civil.
“Mas não existe o risco de ele ultrapassar sua cota máxima. Agora, sobre a questão dos igarapés, a gente precisa ficar sempre atento, porque basta chover 50 ou 70 mm para eles aumentarem bastante. E o risco é grave porque o Rio Acre está muito cheio, especialmente o Igarapé São Francisco, que faz parte de uma bacia enorme de Rio Branco. O risco de enxurradas permanece durante todo o período de chuvas”, destacou Falcão.
Conforme dados do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), nas 14 cidades mais críticas, 110 abrigos públicos estão atualmente atendendo 10.410 pessoas desabrigadas, além de 18.542 pessoas desalojadas, que foram para casa de familiares ou amigos.
Em Rio Branco, aproximadamente 51 bairros foram atingidos, afetando mais de 4 mil pessoas. Dessas, 2.242 pessoas desabrigadas estão em abrigos públicos e 1.919 pessoas desalojadas estão em casas de parentes e amigos. Ao todo, a capital acreana possui 13 abrigos públicos para atender todas as famílias afetadas pela cheia do Rio.