Após a ampla repercussão dos vídeos circulando nas redes sociais, onde homens abatiam um jacaré-açu no porto do município de Manoel Urbano, no interior do Acre, no último domingo, 24, um jornalista decidiu se manifestar sobre o incidente em suas redes sociais.
Em uma postagem feita nesta segunda-feira, 25, o jornalista abordou a cena do abate ocorrido em Manoel Urbano, descrevendo a cidade como “miserável” e insinuando que a população local estaria acostumada a passar fome, celebrando a obtenção de carne para se alimentar.
Contudo, diante da reação negativa provocada por seus comentários, os moradores da cidade emitiram uma nota de repúdio, rejeitando veementemente as afirmações do repórter e defendendo a dignidade e o caráter acolhedor da comunidade de Manoel Urbano.
“É triste ver que o jornalismo perde sua força quando repórteres assim atacam toda uma história de uma cidade. Manoel Urbano é conhecido por ser um dos povos mais acolhedores do Acre, e por razão disso pedimos respeito”, diz um trecho da nota.
Em resposta à situação, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), solicitou a abertura de um inquérito policial para investigar possíveis crimes de xenofobia decorrentes das declarações do jornalista contra os habitantes de Manoel Urbano.
O MPAC encaminhou um ofício à Polícia Civil, solicitando uma investigação para determinar se houve abuso da liberdade de expressão que possa configurar algum ilícito.