O Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Cuidados Paliativos no campo do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como iniciativa, melhorar a qualidade de vida daqueles que enfrentam doenças graves, crônicas ou em finitude, tendo como foco o alívio da dor, no controle de sintomas e no apoio emocional da doença. No Acre, serão habilitadas cinco equipes responsáveis pelos cuidados paliativos.
No estado, serão duas equipes matriciais (fazendo a gestão dos casos) e três assistenciais (prestando a assistência propriamente dita), que irão contar com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, além da possibilidade de incorporar outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, dentistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos e nutricionistas.
Do total de equipes, a estimativa é que a estratégia seja composta por 1,3 mil equipes implantadas em todo o território nacional. Após a habilitação de todas as equipes, o investimento previsto é de R$ 887 milhões por ano.
A política, inédita no país, vai permitir uma assistência mais humanizada. Antes, com atendimento limitado, escassez de profissionais com formação paliativa e barreiras culturais, os serviços estavam concentrados nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, com consequente ausência nas regiões Norte e Nordeste.
Os três principais eixos que vão guiar os cuidados paliativos no serviço público de saúde são a criação de equipes multiprofissionais para disseminar práticas às demais equipes da rede, promoção de informação qualificada e educação em cuidados paliativos e garantia do acesso a medicamentos e insumos necessários a quem está em cuidados paliativos.
As equipes vão atuar em diferentes locais da rede de saúde, incluindo o atendimento domiciliar. Seu papel será auxiliar e ensinar outras equipes que tenham sob seus cuidados pessoas com necessidades de cuidados paliativos a prestarem esse tipo de cuidado de forma eficaz e humanizada.