O governador Gladson Cameli apresentou, nesta quarta-feira, 5, em Brasília, ao ministro das Cidades, Jader Filho, o Plano Emergencial de Enfrentamento às Enchentes. O documento contém uma série de propostas e pedidos de apoio ao governo federal para a implantação de medidas que visam a redução dos impactos das mudanças climáticas registradas no Acre com cada vez mais frequência e intensidade.
O estado solicitou aporte financeiro para a contratação de consultoria técnica especializada na elaboração de um amplo estudo hidrológico em 19 municípios acreanos afetados pelas enchentes em 2024. Também foi solicitado a disponibilização de profissionais do Ministério das Cidades para auxiliar o governo nos processos de orientação na construção de projetos sobre cotas de inundação e quantidade de imóveis atingidos pelo transbordamento de rios e igarapés.
A doação de terrenos pertencentes à União para programas habitacionais, assim como recursos para a construção de 4,4 mil moradias populares, foram colocadas como prioridade pelo governador, que aproveitou a oportunidade para pedir a realocação de 224 casas previstas para Rio Branco aos municípios de Brasiléia e Tarauacá. Proporcionalmente, essas duas localidades foram as mais castigadas pelas enchentes.
Ainda na área habitacional, o estado requereu autorização excepcional para a utilização de 5,5 mil lotes restantes no bairro Cidade do Povo, na capital Rio Branco, para a expansão do conjunto habitacional.
“O que estamos fazendo aqui é um grande esforço do Estado, dos nossos parlamentares e do governo federal para encontrarmos soluções definitivas para este grande desafio que o Acre tem enfrentado. Precisamos de medidas concretas para evitar o sofrimento da população e os grandes prejuízos causados pelas enchentes”, afirmou o governador Gladson Cameli.
Por fim, o documento solicita, em caráter emergencial, a destinação de 500 unidades residenciais do Programa Minha Casa, Minha Vida – Rural para famílias indígenas atingidas pelas últimas cheias, assim como R$ 91,9 milhões para a implantação de projetos de adaptação das estações de captação e tratamento de água resilientes aos alagamentos em sete cidades do interior.
“Este plano tem o objetivo de ser executado dentro de um prazo de dez anos. Ter a real noção das faixas de inundação para que as famílias residentes nestas zonas de risco é fundamental para que a realidade daqui uma década seja completamente diferente da atual”, argumentou Ricardo Brandão, secretário de Planejamento.
Jader Filho enalteceu a iniciativa do governo e prometeu empenho para atender as demandas apresentadas durante a audiência.
“Vamos trabalhar juntos para formatar um projeto que seja de uma solução definitiva para este problema do alagamento que vem prejudicando vários municípios do Acre”, enfatizou o ministro Jader.