Justiça nega liberdade a comerciante acusado de mandar assassinar ex-prefeito de Plácido de Castro

A Justiça do Acre voltou a negar o pedido de habeas corpus e relaxamento de prisão do comerciante Carmélio da Silva Bezerra, que está preso desde 20 de dezembro do ano passado, acusado de ser um dos mandantes da morte do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros, em maio de 2021.

A defesa do suspeito pediu o relaxamento ou a revogação da prisão, alegando que a liberdade do cliente não oferece risco e que ele enfrenta problemas de saúde, mas a Justiça voltou a negar.

Carmélio Bezerra teria sido financiado por Liomar de Jesus Mariano, mais conhecido como Mazinho Mariano, que disputou a eleição com Gedeon Barros como candidato a vice do então prefeito que buscava a reeleição. Ambos foram presos em Plácido de Castro, numa operação policial que ocorreu em três cidades acreanas. Um terceiro envolvido, que já estava preso, também foi alvo da ação.

No processo, a Justiça destaca que um dos envolvidos fez uma delação premiada e entregou os demais suspeitos do crime. Segundo o delator, “os mandantes do crime seriam um agiota residente do município de Plácido de Castro e um boliviano, em virtude de uma dívida que a vítima teria com estes”.

Carmélio da Silva Bezerra, vulgo Véio, seria o agiota, e Liomar de Jesus Mariano, vulgo Mazinho, que, de acordo com o delator, estavam presentes em várias reuniões de planejamento do crime. O delator diz também que a ideia inicial era que o crime parecesse um latrocínio, roubo seguido de morte, para que a polícia não chegasse aos mandantes.