Faleceu na manhã desta quarta-feira, 13, em Rio Branco, o político aposentado Isnard Barbosa Leite, aos 80 anos, após vários dias de internação hospitalar por complicações pulmonares.
Natural de Rio Branco, filho de de um dos homens de confiança de Plácido de Castro na Revolução Acreana, do qual herdou o nome, Isnard Barbosa Leite foi um homem público que ocupou vários cargos no Acre, incluindo a prefeitura da capital.
Iniciou sua vida como economista e bancário. Em 1986, foi eleito deputado estadual pelo então PDS e fez parte da 2ª Assembleia Estadual Constituinte, que elaborou a Constituição do Estado vigente desde 1989.
Com a criação do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE/AC), em setembro de 1987, foi indicado para a primeira composição da corte de contas pelo então governador Flaviano Melo. Além de Isnad Leite, a primeira corte do TCE foi composta pelos conselheiros Alcides Dutra de Lima, Hélio Saraiva de Freitas, Marciliano Reis Fleming, José Eugênio de Leão Braga, José Augusto Araújo de Faria e Valmir Gomes Ribeiro. Entre os sete conselheiros, José Eugênio de Leão Braga, conhecido como “Macapá”, aposentado aos 84 anos, e Walmir Ribeiro, ainda na ativa aos 73 anos, estão vivos.
Após se aposentar pelo TCE, onde foi presidente no biênio de 1993 a 1995, Isnard Leite voltou às atividades políticas e partidárias, sempre pelas siglas que sucederam a Arena, o partido que deu sustentação à ditadura militar, de 1964 a 1985. Nesse período, também esteve envolvido em atividades empresariais.
Em 2000, com a formação de uma organização chamada MDA (Movimento Democrático do Acre), que reunia partidos de Direita ou conservadores, encabeçada pelo MDB, para enfrentar a Frente Popular do Acre (FPA) encabeçada pelo PT, com o petista Jorge Viana exercendo o primeiro mandato de governador do Acre, Isnard Leite aceitou o convite para ser candidato a vice-prefeito de Flaviano Melo nas eleições municipais daquele ano. Venceram a disputa contra o economista e professor Raimundo Angelim, candidato apoiado pelo governo da FPA. Dois anos depois, o MDA julgou que poderia disputar o governo, na reeleição de Jorge Viana.
Flaviano Melo renunciou ao cargo de prefeito para disputar o governo do estado, deixando Isnard Leite como prefeito por dois anos. Ele não buscou a reeleição, que foi disputada pelo atual senador Márcio Bittar, perdendo para Raimundo Angelim.
Isnard Leite se afastou da vida pública e, recentemente, levava uma vida de aposentado junto aos familiares. Residia no Segundo Distrito de Rio Branco e também tinha propriedades em Senador Guiomard.
Informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.
