No dia 1º de junho, um feto foi encontrado abandonado em um terreno no município de Porto Walter, interior do Acre. Os moradores perceberam que partes do natimorto haviam sido devoradas por animais.
A polícia identificou, nesta sexta-feira, 14, que a responsável pelo aborto é uma menina de 13 anos. Ela teria abortado o feto a pedido de um homem, que seria o genitor do bebê. Esse homem é pré-candidato a vereador no município pelo União Brasil, partido de direita. A menina confessou em depoimento ao delegado José Obetanio.
A polícia identificou que o político, que também é funcionário público, fez um Pix no valor de R$50 para a menina horas antes do aborto. Ele nega que o dinheiro tenha sido enviado para a compra de medicamentos abortivos, alegando que foi para que a menina pudesse se alimentar.
“Ele disse que o PIX de R$ 50 não era para a compra de abortivo. Mas ela disse que, além do dinheiro, ele também forneceu a ela medicamentos abortivos. A palavra dela tem que ser levada em consideração. Para realizar exame de DNA para comprovar a paternidade, o perito deverá chegar em Porto Walter para a realização da exumação e perícia. Se ficar constatada que o homem induziu a menina ao aborto, ele será responsabilizado criminalmente, podendo ser preso”, afirmou o delegado.
A menina foi levada à Unidade Mista do município devido a uma infecção em decorrência do aborto. Ela aguardava ser transferida para o Hospital de Cruzeiro do Sul, mas foi levada para casa por uma mulher, que assinou o termo de responsabilidade por ela.
