Em sessão solene em homenagem ao Dia do Trabalhador Terceirizado, realizado na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), comemorado em 8 de junho, o deputado estadual Fagner Calegário (Podemos), destacou a importância de valorizar o trabalho dos profissionais terceirizados.
Fagner Calegário ressaltou o papel essencial que os trabalhadores terceirizados desempenham na economia e no funcionamento das instituições públicas e privadas, enfatizando a necessidade de garantir direitos e condições dignas de trabalho para esses profissionais.
“Eu quero, mais uma vez, lembrar que essa nossa sessão solene é em alusão ao dia do nosso trabalhador terceirizado e muitos de vocês, para tantos, são invisíveis. A gente sabe que chegam às vezes bem cedinho no local de trabalho, algumas pessoas passam por eles e não dão sequer um bom dia. A sessão de hoje é dedicada especialmente a cada um dos senhores”, pontuou.
A presidente do Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), que também esteve presente, compartilhou sua trajetória de seis anos como terceirizada, atuando como recepcionista. “Isso fez com que eu nunca abaixasse a cabeça”, disse. Ela destacou o desempenho dos quase 700 terceirizados na autarquia que comanda e o orgulho que sente deles.
“Durante seis anos fui terceirizada e, apesar dos desafios e preconceitos que enfrentei, nunca deixei que isso me desmotivasse. Sempre acreditei no valor do trabalho bem feito e no respeito às pessoas, independentemente de rótulos ou cargos. Hoje, lidero uma equipe de quase 700 terceirizados no Deracre e posso dizer com orgulho que são profissionais dedicados e comprometidos, que desempenham suas funções com excelência”, enalteceu.
O empresário Jeber Nascimento, que atua no ramo de terceirização, destacou que a terceirização “abre oportunidades para pessoas que querem trabalhar e fazer a diferença”. Ele afirmou que não dá mais para ficar sonhando, é preciso arregaçar as mangas para realizar uma boa terceirização.
Entre as dificuldades que os terceirizados enfrentam, como serem “demitidos”, “perseguidos” ou “ridicularizados”, o empresário encorajou os trabalhadores a se orgulharem de sua condição. “Eu vi aqui vários discursos que dois anos atrás eu não escutava. Que é o orgulho de ser terceirizado”.
O deputado estadual Emerson Jarude (Partido Novo), também se pronunciou, expressando sua gratidão e respeito pelo trabalho desempenhado pelos terceirizados, além de destacar o comprometimento dos terceirizados.
“Tenho muito orgulho do serviço que vocês prestam. Vejo o comprometimento de pessoas que muitas vezes trabalham até tarde da noite ou durante os finais de semana, viajando para o interior do Estado”.
O parlamentar também elogiou o Instituto por oferecer treinamentos transformadores para esses profissionais, expressando seu orgulho por ver o reconhecimento dos terceirizados.
“Fico feliz em ver o orgulho de vocês em serem terceirizados. O Instituto tem um papel importante em mudar vidas no Acre, e eu sou testemunha disso. Esses treinamentos, apesar de não serem baratos financeiramente, são investimentos valiosos para nossas vidas. Aproveitem essa oportunidade e se sintam privilegiados por tê-la”, declarou.
Calegário encerrou a sessão destacando a importância e a valorização dos trabalhadores terceirizados, além de enfatizar que a Aleac é um espaço de pertencimento e voz para todos os acreanos.
O deputado também falou sobre a necessidade de oferecer mais oportunidades para os jovens aprendizes e para os trabalhadores com mais de 50 anos, ressaltando a importância de reconhecer e valorizar esses profissionais. Ele lembrou do projeto de lei que visa inserir jovens aprendizes nas secretarias, para que adquiram experiência profissional.
“Acho que é visível a minha felicidade de estar recebendo vocês aqui mais uma vez nessa casa que é nossa, a casa do povo acreano. Mais uma vez a gente vem aqui falar um pouquinho da nossa história, da nossa trajetória e do sentimento de pertencimento. E eu quero dizer que, enquanto eu aqui estiver, essa Casa pertence a cada um de vocês. Aqui a gente tem voz. Aqui a gente terá voz. Nenhum direito a menos para os terceirizados. É só daqui para a frente”, afirmou Calegário.
