Em decorrência de uma broncopneumonia, após infecção por influenza H1N1, o apresentador e maior comunicador da televisão brasileira, Silvio Santos, morreu na madrugada deste sábado, 17, aos 93 anos, em São Paulo.
Silvio foi o nome mais importante do entretenimento da televisão brasileira, em especial à frente do Programa Silvio Santos, que comandou a partir de 1963, em diferentes emissoras. Foi, também, dono de um conglomerado bilionário criador de marcas como Jequiti, Tele Sena, Baú da Felicidade – além da emissora SBT.
Em 18 de julho de 2024, Silvio foi internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, para se recuperar do H1N1. Teve alta dois dias depois. Em 1º de agosto do mesmo ano, voltou a ser hospitalizado.
A emissora SBT, divulgou uma carta assinada pela Família Abravanel, falando sobre a morte de Silvio. Suas filhas Patricia, Rebeca, Silvia, Renata, Cinthia e Daniela, além de sua mulher, Iris Abravanel, têm uma ligação íntima com a emissora.
Na carta, falam sobre um “desejo” do apresentador para quando morresse: “que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem”. Com isso, não deve haver uma cerimônia de velório ou enterro aberta ao público, como acontece com algumas celebridades.
Os familiares ainda destacam ao público que guarde boas lembranças do apresentador, como um homem que “amou o Brasil e os brasileiros”.
O apresentador deixa a viúva Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978 e teve as filhas Daniela Patrícia, Rebeca e Renata. Também deixa as filhas Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, que morreu em 1977, 14 netos e 4 bisnetos.
Leia a carta na íntegra:
“CARTA FAMÍLIA ABRAVANEL
Colegas de auditório, colegas de uma vida, o que dizer para vocês nesse momento? Acreditamos que muitos de vocês estejam compartilhando da mesma saudade que nós hoje estamos sentindo.
Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu.
Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer.
Por este motivo, pedimos a compreensão de todos vocês. De guardar na memória tudo de bom que ele fez e de tantas alegrias que ele nos trouxe ao longo dos anos. Ele foi muito feliz com tudo que fez. E sempre fez tudo do fundo do seu coração. Ele amou o Brasil e os brasileiros.
Com muito carinho e respeito a todos vocês,
Família Abravanel”