O deputado estadual Fagner Calegário, se pronunciou na manhã desta terça-feira, 20, durante uma sessão solene realizada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), denunciando a coação de trabalhadores terceirizados por parte de secretários e diretores de diversas secretarias do estado. A denúncia foi motivada por uma notícia publicada no site 3 de Julho, que relatava que esses trabalhadores estavam sendo obrigados a comparecer a reuniões, sob pena de represálias, incluindo o atraso de salários.
Calegário destacou a gravidade da situação, afirmando que é necessário trazer os secretários responsáveis para prestarem esclarecimentos. “Chega nesse período, parece que querem ser donos dos trabalhadores. O direito de ir e vir fica apenas na Constituição, e o voto secreto nas cláusulas pétreas”, criticou o deputado.
O parlamentar também mencionou problemas graves em secretarias específicas, como a Secretaria de Saúde, que, segundo ele, deve mais de 20 milhões de reais. Ele citou que trabalhadores estão sendo chamados para reuniões, muitas vezes para fins políticos, e que a situação tem se agravado.
“O que a gente sabe é o seguinte: vereador X ou vereador Y coloca aqui um suporte para fazer campanha, e isso está acontecendo principalmente na Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco, que hoje é a secretaria com mais problemas desse tipo”, afirmou Calegário.
Ele ainda criticou a postura de “padrinhos” políticos, que protegem seus indicados, dificultando a cobrança de responsabilidades no trabalho.
“Quando são cobrados por assiduidade ou pela entrega de documentos no prazo, eles acham que, pelo fato de terem sido indicados por um político, não devem satisfação para mais ninguém, a não ser ao seu padrinho”, lamentou o deputado.
