O deputado estadual Emerson Jarude, durante a sessão desta quarta-feira, 28, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), trouxe novamente à tona a polêmica em torno do contrato de R$ 61 milhões firmado entre a Secretaria de Estado de Educação (SEE) e a empresa Teltex Tecnologia. O parlamentar enfatizou a necessidade de uma investigação aprofundada por parte dos órgãos de controle.
Jarude destacou a discrepância nos valores praticados entre diferentes órgãos do governo. Segundo o deputado, enquanto uma secretaria realiza serviços por R$ 2.300, outra está pagando R$ 16 mil pela mesma prestação, o que levanta suspeitas de superfaturamento.
“Temos que acender todas as luzes de alerta para isso, especialmente quando se trata de uma empresa que está em recuperação judicial e possui diversos problemas fiscais e trabalhistas”, alertou.
A Teltex Tecnologia, mencionada pelo deputado, enfrenta restrições em vários estados brasileiros, como Sergipe, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde está proibida de firmar contratos. Mesmo assim, no Acre, a empresa não apenas conseguiu um contrato, mas o fez com valores seis vezes superiores aos praticados em outros órgãos. Jarude reforçou a importância de uma ação imediata por parte do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público para evitar danos ao erário público. “Depois, sabemos que é muito difícil recuperar esse dinheiro”, frisou.
O deputado também destacou a incongruência entre as dificuldades enfrentadas por servidores públicos em diversas áreas, como saúde, educação e segurança, que constantemente lutam por melhores salários e condições de trabalho, e a aparente facilidade com que contratos superfaturados são firmados.
“Temos que evitar que esses R$ 61 milhões sejam desperdiçados, causando prejuízos à população”, concluiu Jarude.
A denúncia foi apoiada por outros parlamentares, incluindo o deputado Edvaldo, que também acionou os órgãos de controle.