A deputada estadual, Michelle Melo, fez uma série de críticas à gestão da crise ambiental que afeta o estado e à administração do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, durante sessão ordinária, desta terça-feira, 3, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Devido à grave situação das queimadas, Michelle Melo pediu a suspensão das aulas na rede estadual de ensino, que têm gerado níveis alarmantes de poluição. A deputada alertou sobre os perigos para a saúde pública, destacando que o índice de qualidade do ar no Acre chegou a 138, muito acima do limite considerado aceitável de 15.
“Essas micropartículas poluentes no ar podem favorecer doenças cardiovasculares, como infarto”, explicou.
A deputada também falou sobre a gestão do prefeito Tião Bocalom, questionando a falta de cumprimento das promessas de campanha e criticando a administração municipal. Ela ainda citou que o prefeito utilizou contratos provisórios de professores como uma forma de pressionar os profissionais a votar nele, uma prática que ela classificou como eleitoreira.
“Eu acredito que ele fez isso para dizer para esses professores: ‘vota em mim, se não o contrato não vai ser renovado’”, afirmou.
Michelle também cobrou respostas sobre promessas não cumpridas, como a construção de mil e uma casas, paradas de ônibus de vidro e o asfaltamento de ruas periféricas. A deputada foi categórica ao questionar se os problemas enfrentados pela administração são culpa da justiça eleitoral ou simplesmente incompetência da gestão.
“Nada fez, só promessas em vão”, declarou, destacando que até mesmo o único ônibus elétrico, emprestado para a cidade, quebrou após poucas horas de uso.
Ela também criticou a falta de novas creches na capital, apontando que o prefeito fez apenas “tapumes” para dar a impressão de obras em andamento. “Obra, a gente ainda não viu nenhuma”, concluiu.
