Deputados criticam gestão de Tião Bocalom na educação e cobram soluções para crise nas escolas de Rio Branco

Durante a sessão realizada nesta terça-feira, 10, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães fez duras críticas à gestão do prefeito Tião Bocalom, com foco na área da educação. Segundo o parlamentar, a situação é grave, especialmente no que diz respeito à falta de planejamento e à ausência de medidas eficazes para garantir o funcionamento adequado das escolas e o atendimento a alunos com necessidades especiais.

O parlamentar ressaltou que a secretária de Educação, Nádia Bistene, teria tentado várias vezes alertar o prefeito sobre a necessidade de manter um “banco de reserva” de professores para substituir eventuais ausências e garantir o cumprimento do calendário escolar. No entanto, o prefeito teria ignorado os avisos, o que, segundo Magalhães, resultou em uma crise que afeta o futuro das crianças, especialmente as que dependem de mediadores educacionais.

“É uma espécie de desabafo de uma crise de sincericídio de afirmações gravíssimas”, disse o deputado. Ele afirmou que o prefeito não tomou as providências necessárias, mesmo sendo alertado diversas vezes sobre a situação. “Uma atitude completamente irresponsável por gestão”, ressaltou Magalhães.

O deputado Emerson Jarude, por sua vez, também criticou a atual administração, mencionando a falta de responsabilidade com o futuro das crianças de Rio Branco.

“Eu sei que a gente tá no momento eleitoral, mas acima de tudo é importante que a gente tenha responsabilidade, coisa que falta na atual gestão”, afirmou.

Jarude ainda mencionou que, em visita à escola José Bonifácio, no bairro Calafate, percebeu o abandono do espaço e o desperdício de investimentos feitos em 2022, como a entrega de tablets que não estão sendo utilizados.

“Fizemos todo um investimento na área digital e esse investimento ele não tá sendo utilizado pela prefeitura de Rio Branco no momento onde a gente mais precisa”, disse Jarude.

Tanízio Sá, também presente na sessão, questionou a possibilidade de resolver a crise educacional sem medidas financeiras adequadas.

“É impossível chamar o professor para dar aula de graça. Tem algumas pessoas que estão com vontade de estratégia, mas a gestão pública tem que ver como fazer o pagamento desses profissionais”, alertou o deputado.

A deputada Michelle Melo também contribuiu para o debate, classificando a gestão do prefeito como incompetente e acusando-o de revogar portarias importantes para a solução dos problemas educacionais.


“O prefeito Tião Bocalom, por falta de gestão, deixou mais de 500 profissionais da educação sem contrato”, disse Melo, mencionando que a própria secretária de Educação tentou resolver a situação, mas teve suas ações barradas pelo prefeito. “Ele revogou as suas atitudes e não quis resolver o problema”, afirmou a parlamentar, cobrando uma explicação pública do prefeito e de sua equipe sobre a alegada interferência de “forças ocultas” que impedem o bom funcionamento da gestão municipal.

Apesar das críticas, o deputado Arlenilson Cunha, saiu em defesa do prefeito Tião Bocalom, destacando que, apesar das críticas, o prefeito tem feito um grande trabalho na cidade.

“O prefeito Tião Bocalom investiu 32% da receita do município na educação”, afirmou Cunha, mencionando a entrega de tablets e a instalação de mais de 370 quilômetros de fibra ótica para garantir acesso à internet nas escolas.

Para Cunha, as críticas direcionadas ao prefeito são infundadas e fazem parte do cenário eleitoral. “Ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto. Tião Bocalom tem feito um grande trabalho”, concluiu.