O desembargador Samuel Evangelista autorizou o Ministério Público do Acre (MPAC) a iniciar uma investigação contra o promotor de Justiça Tales Fonseca Tranin.
O caso ganhou notoriedade após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitar um mandado de busca e apreensão na residência de Jackson Brasil da Silva, suspeito de integrar uma organização criminosa. Durante a operação, um celular foi apreendido e, após análise, revelou trocas de mensagens e conversas entre Jackson e o promotor Tales Tranin, tanto no WhatsApp quanto no Instagram.
Com base nos indícios apresentados pelo MPAC, há suspeitas de que o promotor possa ter cometido crimes como prevaricação e envolvimento com organização criminosa.
Além disso, a decisão do desembargador levantou outra grave acusação: a de que o promotor teria supostamente favorecido criminosos ao permitir que utilizassem um veículo de sua propriedade na prática de delitos.
Em fevereiro de 2023, a Central de Atendimento da Polícia Militar do Acre registrou uma tentativa de roubo na rua Rio de Janeiro, no bairro Dom Giocondo, em Rio Branco. Testemunhas informaram que dois homens armados estavam em um veículo Hyundai iX35, de cor prata. Ao verificar a placa, a polícia constatou que o carro estava registrado em nome de Tales Tranin. Inicialmente, acreditou-se que o promotor pudesse estar em perigo, possivelmente sendo mantido refém, mas Tales informou que estava em segurança e que não havia saído de casa naquele dia.
Esse incidente gerou a suspeita de que o promotor teria entregado o carro voluntariamente aos criminosos.