Candidatos à Prefeitura de Rio Branco discutem tecnologia, economia e segurança em debate

Na manhã desta segunda-feira, 16, os candidatos à prefeitura de Rio Branco participaram de um debate promovido pela TV Norte Acre. Os principais temas abordados foram tecnologia e inovação, economia local, mobilidade urbana e segurança pública. Confira as principais propostas dos candidatos.

No primeiro bloco, os candidatos falaram sobre suas ações na área de tecnologia nas escolas e o que eles pretendem realizar caso sejam eleitos.

Marcos Alexandre destacou os investimentos feitos em sua gestão anterior, como a construção de 14 escolas e a abertura de 5 mil vagas para crianças. Ressaltou também a contratação de 1.500 profissionais de educação e a conquista da segunda melhor nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Brasil durante seu governo.

O candidato Jenilson Leite propôs a criação de Centros de Oportunidades Digitais nas escolas, oferecendo acesso à internet e cursos de capacitação em empreendedorismo digital. Além disso, prometeu implementar soluções tecnológicas na saúde, como telemedicina e agendamento de consultas online.

Tião Bocalom mencionou a instalação de uma rede de 350 km de fibra ótica nas escolas, a aquisição de notebooks para professores e a implementação de laboratórios de informática. Destacou também a alocação de R$ 5 milhões para tecnologia e inovação em 2024, com o objetivo de preparar os jovens para o mercado digital.

Emerson Jarude criticou a falta de laboratórios de informática nas escolas e os avanços tecnológicos das gestões anteriores. Defendeu a criação de uma escola bilíngue e afirmou: “Precisamos focar em preparar nossos alunos para o mundo digital, algo que as gestões anteriores não priorizaram”.

Segundo bloco

No segundo bloco, o foco foi a economia local. Jenilson Leite apontou que a falta de oportunidades tem levado os jovens a deixar a cidade e propôs medidas para fortalecer o comércio.

Emerson Jarude questionou Bocalom sobre a eficácia do projeto “ramais da dignidade” e acusou Marcos Alexandre de “perseguir os motoristas de aplicativo” no passado. Prometeu criar um ambiente favorável para empreendedores e destacou políticas para o desenvolvimento das empresas e o incentivo à construção civil.

Marcos Alexandre criticou a gestão de Bocalom, afirmando: “A construção civil é uma das áreas que mais gera empregos. Infelizmente, o que vimos foram verões indo e vindo, sem que nada fosse entregue. A prefeitura só começou a se mexer agora, nessa reta final antes da eleição.” Prometeu retomar as obras e “colocar a cidade nos trilhos”.

Bocalom defendeu seu trabalho, citando a recuperação de 1.800 km de ramais e outras iniciativas, como a distribuição de 150 mil mudas de café. Também prometeu que, a partir de 2025, o arroz e o feijão produzidos na cidade estarão disponíveis para as famílias de Rio Branco.

Terceiro bloco

O terceiro bloco abordou a mobilidade urbana. Emerson Jarude criticou a falta de licitação para novas empresas de ônibus, apontando a ausência de ação nos últimos 20 anos.

Jenilson Leite se comprometeu a melhorar o transporte públicoe implementar o passe livre para estudantes. Criticou a gestão de Bocalom por prometer abrir a “caixa-preta” do transporte e por um aumento do subsídio que piorou a qualidade dos ônibus.

Tião Bocalom, por sua vez, rebateu as acusações, destacando os esforços para manter tarifas acessíveis e mencionando que a licitação do transporte coletivo está em andamento. Ele também citou o investimento de 30 milhões de reais para manter a tarifa acessível.

Já Marcus Alexandre Marcos Alexandre questionou a escolha da empresa Ricco para operar o transporte público sem licitação e criticou a atual gestão pelo estado do transporte público, descrevendo-o como uma “tragédia”.

Quarto bloco

No quarto bloco, o tema foi segurança pública. Bocalom defendeu sua gestão, afirmando que foi o “único prefeito que se importou com a segurança pública de Rio Branco” e anunciou a instalação de mais 3 mil câmeras de segurança no próximo mandato.

Emerson Jarude apresentou o projeto da Guarda Municipal como uma solução para a segurança pública e ampliaria o sistema de monitoramento. Mencionou um caso recente de tentativa de estupro no Horto Florestal.

Jenilson Leite prometeu usar recursos tecnológicos e a presença física da Guarda Municipal para melhorar a segurança. Marcos Alexandre falou sobre a criação de uma Guarda Municipal com planejamento e concurso público, além de projetos como o Proerd e o Copão Comunitário.

Quinto bloco

No quinto e último bloco, com o tema livre, os candidatos analisaram programas passados e a situação da saúde e infraestrutura em Rio Branco.

Tião Bocalom criticou o programa Rua do Povo, afirmando que o asfalto feito na época dissolvia com a primeira chuva, chamando de “asfalto sorrisal”, e comparou com o programa Asfalta Rio Branco, garantindo que o asfalto atual tem pelo menos 5 centímetros de altura e que nenhuma rua recuperada durante sua gestão se arrebentaram.

Marcus Alexandre, por sua vez, acusou Bocalom de não cumprir com suas promessas e de usar táticas enganosas para conquistar votos, mencionando problemas como a construção das 1001 casas e água 24 horas.

Jenilson Leite propôs estabelecer parcerias com o governo federal e estadual para garantir água de qualidade e melhores condições de saúde para as crianças. Já Emerson Jarude, destacou que suas propostas para melhorar a saúde pública será com base em digitalizar a saúde para “melhorar o conforto dos pacientes”, criando uma farmácia com atendimento 24 horas e um serviço de atendimento domiciliar para pessoas que não podem ir até as unidades de saúde, com objetivo de “zerar as filas de madrugada e resolver as demandas de saúde com eficiência”.