Durante a sessão desta quarta-feira, 18, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Emerson Jarude (MDB) criticaram o governo estadual pela falta de convocação dos aprovados no cadastro de reserva da Polícia Civil. Eles destacaram que o compromisso feito pelo governador Gladson Cameli, ainda em sua primeira campanha, permanece sem ser cumprido.
Edvaldo Magalhães relembrou a luta dos aprovados, que há mais de seis anos peregrinam pela Aleac em busca de suas convocações.
“O governador, em sua primeira campanha, reuniu com todos, assinou um documento se comprometendo a convocar todos ainda no primeiro mandato, mas não cumpriu com a promessa. Desde então, os integrantes começaram a se mobilizar, realizando acampamentos no hall da Assembleia”, afirmou o deputado.
Magalhães também mencionou a aprovação de recursos pela Aleac para a formação dos candidatos.
“Nós alocamos um recurso na LDO e, posteriormente, no orçamento do Estado, para a realização do curso de formação, mas, até agora, não houve a convocação. É necessário que essa casa tenha um compromisso moral com esses jovens que aguardam ansiosamente por uma solução”, completou Magalhães.
Emerson Jarude destacou que a situação se repete com outros cadastros de reserva, como o do Corpo de Bombeiros e da Polícia Penal.
“Promessas são feitas, datas são entregues, mas a convocação nunca é realizada. Enquanto isso, o governo do Acre continua abrindo mais cargos comissionados, ao invés de atender a necessidade urgente dessas categorias”, denunciou Jarude.
O deputado também fez referência a contratos supostamente superfaturados pelo governo, que foram apontados pela oposição, contrastando com a alegada falta de recursos para a convocação dos aprovados.
“Nós mostramos aqui contratos com valores absurdos, e o governo não consegue justificar esses gastos. Quando é para chamar o cadastro de reserva, a desculpa é sempre a mesma: ‘não temos dinheiro’”, criticou o deputado.
Por fim, Jarude pediu para que os aprovados não caiam em falsas promessas e a permanecerem firmes em suas reivindicações.
“Ou o governo chama, ou para com essa ladainha. Não dá mais para postergar o sonho dessas pessoas que estudaram e se dedicaram. A culpa não é do cadastro de reserva, é do governo, que prioriza o que não é necessário e ignora quem realmente importa”, concluiu.