O deputado federal Coronel Ulysses Araújo (União Brasil) fez um forte desabafo nesta segunda-feira, 7 de abril, após o assassinato do vigilante Raimundo de Assis de Souza Filho, de 52 anos, durante uma tentativa de assalto na Escola Estadual Maria Raimunda Balbino, no bairro Palheiral, em Rio Branco.
Durante a abertura do curso de formação de 314 novos policiais penais, o parlamentar comentou o caso e causou polêmica ao afirmar que espera que o suspeito baleado no crime, Leandro Mendes dos Santos, de 18 anos, não sobreviva. “Que saia da UTI para o cemitério. Não tem outro lugar para ele ir”, disse Ulysses. O jovem foi atingido no pescoço durante a ação criminosa e está internado em estado grave no Pronto Socorro da capital acreana.
O deputado também lamentou a morte de Raimundo, com quem tinha laços pessoais desde a infância, já que ambos são naturais de Cruzeiro do Sul. Ele classificou o assassinato como covarde, destacando que o vigilante estava apenas cumprindo seu dever de proteger a escola. Raimundo prestava serviços à empresa VIP Segurança, pertencente à esposa de Ulysses.
Segundo o parlamentar, dois criminosos participaram do crime: um deles estava em liberdade monitorada por tornozeleira eletrônica e o outro seria um reeducando que trabalhava na própria escola.
“Infelizmente, perdemos mais um pai de família, um trabalhador honesto, que só queria levar o sustento para casa. Toda a categoria dos vigilantes está de luto. É uma dor que sufoca”, declarou.
Ulysses também aproveitou o momento para criticar a legislação penal brasileira. Ele se posicionou contra benefícios dados a detentos, como progressão de pena, visitas íntimas e as conhecidas “saidinhas”, afirmando que essas medidas contribuem para o aumento da criminalidade e reincidência de crimes.