Vereador Felipe Tchê deixa sessão após prima ser assassinada em crime brutal ligado a golpe milionário

O vereador Felipe Tchê (PP), de Rio Branco, precisou deixar mais cedo a sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira (8) após receber a notícia trágica do assassinato de sua prima, a médica Paula Sandri Frantz. O crime aconteceu na cidade de Itajubá, em Minas Gerais, na última segunda-feira (7).

Segundo Tchê, Paula, que era casada com um acreano de Cruzeiro do Sul, foi morta a tiros enquanto saía para almoçar. “Ao meio-dia, ela estava saindo para almoçar, um carro parou e uma pessoa deu seis tiros nela”, contou o vereador, bastante abalado. Ele destacou que só compareceu à sessão por ter assumido um compromisso com conselheiros tutelares.

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, o assassinato foi cometido por um adolescente de 16 anos, que estava acompanhado de um homem de 25 anos. Ambos foram presos cerca de 20 minutos após o crime, durante um bloqueio policial na rodovia MG-350, na cidade de Delfim Moreira.

O menor de idade confessou à polícia que foi contratado para executar a vítima em troca de R$ 20 mil. Ele contou ainda que viajou de Campo Grande (MS) até Itajubá com o comparsa, chegando na sexta-feira (4) e se hospedando em um hotel para esperar o momento certo de cometer o crime.

Segundo a investigação, os suspeitos estudaram a rotina da médica e sabiam que ela costumava sair para almoçar ao meio-dia. Quando ela entrou em sua caminhonete S10, o adolescente desceu do carro em que estavam — um Peugeot —, se aproximou e atirou seis vezes.

O Samu foi acionado, mas, ao chegar no local, a equipe médica apenas pôde constatar o óbito da vítima, que já estava sem vida no banco do motorista.

As imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar o veículo usado no crime e montar um cerco nas possíveis rotas de fuga. Após a prisão, o homem de 25 anos relatou que, em 2022, conheceu o pai da médica enquanto estavam presos juntos. Eles teriam planejado um golpe envolvendo a venda fraudulenta de um trator por R$ 700 mil.

Segundo ele, o trator foi vendido por R$ 300 mil, valor que teria sido depositado na conta da médica. Ela supostamente receberia uma parte do dinheiro, mas, de acordo com o relato do criminoso, ficou com todo o valor, descumprindo o acordo feito com os golpistas. Essa teria sido a motivação para o crime.

A Polícia Civil segue investigando o caso.