Após mais de um mês internada, bebê baleada na cabeça recebe alta e volta para casa em Rio Branco

Depois de mais de um mês internada, Maitê Valentina da Costa, de apenas 1 ano e 6 meses, recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira, 14 de abril. A menina foi baleada duas vezes na cabeça durante um ataque criminoso no bairro Santa Inês, em Rio Branco, e deve retornar para casa ainda hoje. A informação foi confirmada pela direção do Hospital da Criança, onde ela estava sob cuidados médicos desde os primeiros dias após o atentado.

Maria Luiza Pereira, mãe da menina, explicou que nem os médicos sabem se a criança irá ficar com sequelas.

“Pode ser que ela fique com sequelas, mas como ela é uma criança, é mais fácil de conseguir que ela se recupere, mais fácil de ela desenvolver. Por enquanto ela está só deitada por conta dos remédios, o efeito ainda precisa passar, o que vai ser feito aos poucos”, afirmou ela.

O crime aconteceu na noite do dia 8 de março e causou comoção em todo o estado. De acordo com a Polícia Militar, quatro homens armados, a bordo de um carro conduzido por Gleisson de Souza Barbosa — ex-vigilante e motorista de aplicativo —, realizaram disparos contra supostos rivais nos bairros Belo Jardim e Santa Inês. Maitê, que estava com os pais no momento da ação, foi atingida por dois tiros na cabeça, sendo um transfixante e outro que ficou alojado no crânio.

Ela foi levada às pressas ao Pronto Socorro de Rio Branco e passou por várias cirurgias no Hospital de Urgência e Emergência (Huerb). Depois, foi transferida para o Hospital da Criança, onde seu estado de saúde variou ao longo da internação. Nos últimos dias, com sinais de melhora, a equipe médica decidiu retirar os aparelhos de respiração, e a bebê surpreendeu com sua recuperação.

Até agora, apenas Gleisson foi preso. Ele foi detido no dia seguinte ao crime por policiais do 2º Batalhão e confessou que dirigia o carro usado no ataque. Os outros três envolvidos, que efetuaram os disparos, ainda não foram identificados e seguem foragidos. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).