A Câmara Municipal de Manoel Urbano, no interior do Acre, decidiu afastar por 90 dias o vereador Vanderley Sabino Fortunato, conhecido como Piqueno Fortunato (PP). Ele está preso desde o dia 23 de maio no presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira, acusado de estupro de vulnerável, violência psicológica e perseguição contra uma adolescente de 13 anos.
A decisão foi tomada durante a terceira sessão extraordinária da Câmara, realizada em 1º de junho de 2025. Os oito vereadores presentes aprovaram o afastamento de forma unânime. A medida foi formalizada por meio do Decreto Legislativo nº 001/2025, assinado pelo presidente da Casa, vereador Cleyton Nogueira.
Segundo o decreto, o próprio vereador solicitou licença temporária sem remuneração. Com isso, a primeira suplente do Partido Progressista, que obteve 357 votos nas eleições de 2024, foi convocada para ocupar o cargo de forma provisória.
Fortunato teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após uma audiência de custódia. Ele se apresentou espontaneamente à Polícia Civil, após a vítima procurar a delegacia em estado de desespero e relatar os abusos. A investigação confirmou a existência de indícios suficientes para justificar a prisão em flagrante, que foi convertida em preventiva.
O caso está sob investigação e tramita em sigilo judicial, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Até o momento, a Câmara não decidiu se abrirá um processo de cassação do mandato, mas o assunto já está sendo discutido internamente. A situação gerou grande repercussão em Manoel Urbano, município com pouco mais de 12 mil habitantes. Fortunato foi o segundo vereador mais votado da história da cidade, com 507 votos nas eleições municipais.
