ELA APOIOU A CAUSA! Michelle defende diálogo justo sobre embargos a produtores da Resex e Transacreana

A deputada estadual Michelle Melo (PDT) cobrou, nesta quinta-feira (12), um diálogo urgente sobre os embargos federais que têm afetado diretamente produtores rurais da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, localizada em Xapuri, e da região da Transacreana, em Rio Branco.

Segundo a parlamentar, as penalidades ambientais estão sendo aplicadas de forma desproporcional, sem que haja um diálogo direto e transparente com os trabalhadores e moradores locais. Ela afirma que muitos desses produtores estão sofrendo com sanções impostas sem qualquer escuta ou avaliação presencial.

Michelle Melo esteve pessoalmente nas regiões atingidas, ao lado do deputado estadual Eduardo Ribeiro, e acompanhou um grupo de moradores durante visita à sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Rio Branco, para buscar soluções.

A visita ao Ibama foi um desdobramento do movimento iniciado pelos produtores da Transacreana. Eles estão vivendo um sofrimento contínuo por causa desses embargos que, na prática, paralisam a vida e a produção das famílias”, disse a deputada.

Durante a reunião, Michelle afirmou que o papel dela e dos demais parlamentares é ser uma ponte entre os órgãos federais e os produtores, garantindo que haja diálogo e que a voz das comunidades seja ouvida de forma justa. “Queremos representar o povo e levar a eles uma resposta clara do que pode ser feito”, afirmou.

A deputada reforçou o apelo feito pelos produtores: a suspensão imediata dos embargos e das multas, até que uma equipe técnica vá às propriedades para avaliar a situação presencialmente. Segundo ela, essa verificação nunca aconteceu, e sem isso não há como aplicar penalidades com justiça.

Michelle Melo também criticou o modo como as punições estão sendo feitas. “Há casos em que a suposta irregularidade se restringe a três hectares, mas toda a área da propriedade é embargada, impedindo qualquer tipo de produção. Isso compromete a subsistência das famílias e a economia local”, alertou.

Ela destacou que já existem mecanismos legais aprovados na Assembleia Legislativa que poderiam ajudar a resolver esse tipo de impasse. Como exemplo, citou a compensação ambiental. “Se uma área pequena está irregular, por que não permitir que o produtor compense isso de forma legal, ao invés de perder tudo?”, questionou.

Ao final, a parlamentar reforçou a necessidade de um diálogo direto e prático. Para ela, é preciso sair dos gabinetes e levar equipes técnicas ao campo para conversar com cada produtor, ouvir suas dificuldades e entender o contexto real de cada situação. “Esse diálogo não existiu, e é isso que precisamos construir para garantir justiça e equilíbrio”, concluiu.