A técnica em enfermagem acusada de causar queimaduras na recém-nascida Aurora Maria, durante um banho na Maternidade de Cruzeiro do Sul, no dia 22 de junho, negou responsabilidade pelo ocorrido e afirmou estar sendo ameaçada de morte por uma facção criminosa.
A declaração foi dada à Polícia Civil na última sexta-feira (27), durante depoimento ao delegado Venicius Almeida, responsável pela investigação do caso.
Segundo o delegado, a profissional afirmou que realizou o teste de temperatura da água antes de dar banho na bebê, deixando o líquido escorrer sobre o próprio pulso, como é recomendado em procedimentos de rotina. Ela também relatou que não foi alertada por nenhuma das pessoas presentes sobre a temperatura elevada da água.
“No depoimento, ela disse que testou a água e que ninguém a avisou sobre qualquer risco. Contudo, outras testemunhas afirmaram à polícia que alertaram a técnica, o que ela nega”, explicou o delegado.
Ainda durante o depoimento, a técnica revelou temer por sua vida devido à comoção popular em torno do caso. “Ela relatou que tem esse medo porque houve essa revolta, mas esse tipo de ameaça não é investigado por nossa unidade. Casos assim são encaminhados à delegacia geral”, acrescentou o delegado.
A Polícia Civil já ouviu nove pessoas envolvidas e segue aguardando laudos e exames técnicos que devem esclarecer a responsabilidade sobre as lesões sofridas pela criança.