A ex-deputada estadual e atual vereadora de São Paulo, Janaína Paschoal (PP), fez um alerta público ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após o ato realizado neste domingo (29), na Avenida Paulista, que contou com menor participação popular em relação a mobilizações anteriores.
Conhecida por ser uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Janaína avaliou, por meio de suas redes sociais, que Bolsonaro precisa refletir sobre o esvaziamento do evento e entender que não é a única liderança da direita no país.
“Bolsonaro precisa entender o real significado do ato mais modesto de ontem. Não foi o jogo do Flamengo, nem as férias, nem as contas de final de mês. 2026 já começou, e já passou da hora de Bolsonaro enxergar que, embora tenha força, não é a única força. As pessoas têm suas próprias histórias e precisam ser respeitadas”, escreveu a parlamentar.
A vereadora também criticou a postura do ex-presidente, afirmando que o “egocentrismo” de Bolsonaro estaria afastando até mesmo membros de sua família e apoiadores próximos. Para ela, o ex-mandatário carrega parte da responsabilidade pelo atual cenário político.
“O egocentrismo do Capitão começa a afastar até mesmo membros de sua família. Eu não quero a prisão de Bolsonaro e tenho apontado as muitas incongruências desse processo, mas é impossível deixar de vislumbrar a responsabilidade política dele pelo retrocesso terrível que vivenciamos”, concluiu.
Por outro lado, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da sigla na Câmara e um dos organizadores do ato, atribuiu a baixa adesão do público a fatores conjunturais. Entre eles, destacou:
• A realização da Copa do Mundo de Clubes da FIFA;
• O início das férias escolares;
• O fim do mês, com impacto financeiro nas famílias;
• O curto intervalo entre a convocação e a data da manifestação.
A avaliação das lideranças do partido e de aliados, portanto, segue dividida entre autocrítica e justificativas logísticas para a menor mobilização.