Um adolescente de 13 anos foi apreendido pela Polícia Civil do Acre (PCAC) na manhã desta sexta-feira (11), no município de Marechal Thaumaturgo, após confessar que pichou uma viatura oficial da corporação com a sigla de uma organização criminosa.
O ato, considerado uma provocação direta às forças de segurança, mobilizou uma operação conjunta envolvendo equipes de diferentes regiões do estado.
Segundo o delegado Marcílio Laurentino, responsável pela Delegacia-Geral do município, o adolescente também confessou ter pichado cerca de 40 placas de sinalização em pontos diversos da cidade, o que resultou em prejuízos ao patrimônio público.
Durante a operação, os policiais apreenderam a lata de spray utilizada nas pichações.

“Estamos investigando se ele agiu por vontade própria, se foi influenciado ou se sofreu algum tipo de coação por parte de membros de facções criminosas. A pichação de uma viatura oficial com siglas de facção é uma afronta direta ao Estado e será tratada com todo o rigor da lei”, afirmou o delegado Laurentino.
Diante da gravidade dos fatos, o delegado informou que pedirá à Vara da Infância e Juventude a internação do adolescente.
A Polícia Civil reforçou as ações na cidade com apoio de equipes das delegacias de Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), com o objetivo de identificar outros possíveis envolvidos e evitar novas ocorrências do tipo.
Para o Delegado-Geral da Polícia Civil do Acre, Henrique Maciel, o caso representa um atentado à imagem da instituição.
“A ousadia de pichar uma viatura oficial com siglas de facção criminosa é uma tentativa clara de intimidação contra uma das instituições que fazem parte do sistema de segurança pública. Reiteramos que esse tipo de ataque apenas reforça nosso compromisso em combater, com firmeza e inteligência, qualquer organização criminosa que ouse desafiar o Estado. A resposta será sempre à altura da gravidade do ataque”, declarou Maciel.
A Polícia Civil também faz um alerta à população sobre o aliciamento de menores por facções criminosas, uma prática grave que continua sendo enfrentada com ações firmes de investigação e repressão em todo o estado.