Servidores da Educação do Acre paralisam atividades e cobram devolução de 10% nos salários


Servidores da rede estadual de ensino do Acre realizam, nesta quinta-feira (4), uma paralisação em protesto pela retomada de 10% do valor de referência de seus salários. O ato, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), acontece em frente ao novo prédio da Secretaria de Estado de Educação, no Palácio do Comércio II, em Rio Branco. Até o momento, não há registro de suspensão total das aulas.

Nas redes sociais, a presidente do sindicato convocou a categoria a se mobilizar, afirmando que a classe exige uma postura firme do governo para devolver os 10% retirados e que é preciso “coragem para enfrentar a luta” diante das dificuldades.

O secretário de Educação, Aberson Carvalho, informou que o governo se reuniu com representantes dos trabalhadores na terça-feira (3) e que a recomposição salarial está condicionada à divulgação do Relatório de Gestão Fiscal da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), prevista para 30 de setembro.

A Secretaria destacou investimentos recentes, como a entrega de notebooks individuais a professores pelo programa Educação Conectada, com R$ 25 milhões de recursos, e o pagamento de mais de R$ 200 milhões em abonos referentes a 2021 e 2022. Também foram concedidos reajustes de 33,25% em 2022 e de 14,95% em 2023, além de um reajuste geral de 20,32% para todos os servidores.

Outras medidas incluem a contratação de mais de 900 professores efetivos — zerando o cadastro de reserva do concurso de 2018 —, a criação do auxílio-alimentação de R$ 420 desde 2022 e o lançamento do maior concurso da história da educação acreana, com 3 mil vagas previstas para professores e pessoal de apoio, cuja convocação começa em 2026.

O governo também afirma que o salário inicial dos profissionais está 15% acima do piso nacional, enquanto parte da categoria reconhece avanços em valorização, tecnologia e concursos, mesmo que persistam desafios e reivindicações.