
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra adolescentes internos do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE-AC) realizando uma transmissão ao vivo de dentro da unidade, em Rio Branco. As imagens foram feitas na última terça-feira (8) com o celular do instrutor de um curso de barbearia.
Na gravação, os menores aparecem dentro da barbearia da instituição, acenando para a câmera e interagindo com pessoas que acompanhavam a live. O curso é uma das atividades oferecidas pelo ISE para jovens em cumprimento de medida socioeducativa, com o objetivo de prepará-los para o mercado de trabalho. Ao final da formação, cada participante recebe um kit de barbeiro.
Em nota divulgada na quarta-feira (10), o ISE confirmou o episódio e informou que abriu procedimento de apuração.
Uso do celular
O diretor-presidente do órgão, coronel Mário Cesar, explicou que, como a barbearia da Unidade Aquiry estava ocupada, os adolescentes foram levados para a barbearia da Unidade Acre, onde ocorreu a atividade. Segundo ele, o instrutor – um jovem de cerca de 21 anos – teria levado o celular, embora o uso de aparelhos dentro da unidade seja proibido.
“O instrutor entrou com o aparelho e eu não sei como, porque é proibido. Os adolescentes tiveram acesso e fizeram a transmissão. Assim que soubemos, abrimos um procedimento pela nossa corregedoria para ouvir os internos, o instrutor e os agentes envolvidos”, disse o coronel.
Apuração e medidas
Ainda de acordo com Mário Cesar, não houve má-fé por parte do instrutor, mas sim falta de maturidade. Apesar disso, ele será substituído. O curso, no entanto, continuará normalmente.
“Não acredito que tenha sido por maldade, mas por imaturidade. Mesmo assim, é lamentável, porque expõe a imagem dos adolescentes e gera uma questão de segurança. Solicitamos a substituição do instrutor ao órgão responsável, mas vamos dar continuidade ao curso, que é muito importante para eles”, afirmou.
A corregedoria do ISE segue colhendo depoimentos e verificando possíveis falhas de protocolo. Após a conclusão, o processo será encaminhado ao Ministério Público do Acre (MP-AC), que poderá aplicar sanções. Os adolescentes também deverão responder a procedimento disciplinar interno.
 
				 
								 
															 
								