Após três anos desaparecido, Mateus Lima da Silva, de 30 anos, foi identificado no Pronto-Socorro de Rio Branco, onde permanece em coma desde que deu entrada transferido do município de Assis Brasil. O jovem já recebeu a visita do pai e do tio, o aposentado José Rodrigues da Silva, de 74 anos.

Segundo o tio, conhecido como Zequinha, Mateus apresentou pequenas reações durante a visita.
“O pai dele chegou aqui e disse que ele tinha mexido os pés, mas continua inconsciente na UTI. Já visitei ele duas vezes e vou voltar hoje de novo”, contou.
Vida nas ruas e desaparecimento
De acordo com os familiares, Mateus havia rompido a convivência com o pai e passou a viver em situação de rua, circulando entre Rio Branco, Senador Guiomard e Assis Brasil.
“Ele saiu da casa do pai e ficou andando de rua em rua. Quando saiu, era usuário de drogas. Por último, disseram que estava em Assis Brasil, onde foi achado machucado”, disse Zequinha.
A família recebeu versões diferentes sobre o que teria acontecido. Há relatos de que ele possa ter sido atropelado ou agredido. Em Assis Brasil, Mateus chegou consciente ao hospital, mas com traumatismo craniano. Logo depois, foi transferido para Rio Branco, já inconsciente e sem documentos.
Quadro clínico grave
Na capital, os médicos constataram afundamento de crânio e necessidade de internação em UTI. Segundo os familiares, Mateus está inconsciente, não fala, não abre os olhos e se alimenta por sonda.
“Ele está ruim, com a cabeça amassada. Só se alimenta pelos aparelhos. A enfermeira nos disse que o estado é muito grave e não há esperança de melhora. Mas a gente sempre guarda uma esperancinha”, desabafou o tio.
Identificação e reencontro com a família
A confirmação da identidade só foi possível após análise das impressões digitais feita pelo Instituto de Identificação do Acre, que consultou uma plataforma nacional de pessoas desaparecidas, da qual o estado passou a fazer parte recentemente.
A mãe de Mateus havia registrado um boletim de ocorrência em 2022, relatando o desaparecimento. Ele foi visto pela última vez naquela época, saindo de casa no bairro Base, em Rio Branco, em direção ao bairro Irineu Serra.
Agora, com a localização, a família acompanha o caso de perto. Apesar do estado grave, os parentes mantêm a esperança de recuperação.
“O pai dele sofre muito, mas não pode estar sempre aqui porque mora em uma colônia. Estamos todos abalados, mas com fé”, concluiu o tio.
 
				 
								 
															 
								