A Justiça do Acre decidiu levar a júri popular André de Oliveira da Silva e Denis da Rocha Tavares, acusados de envolvimento na morte de Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, sobrinho-neto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O crime ocorreu em fevereiro de 2024, em Rio Branco. A data do julgamento ainda não foi definida.

Segundo as investigações, Cauã foi morto dentro de casa, no bairro Taquari, enquanto descansava em seu quarto. Os acusados teriam arrombado a porta e efetuado três disparos de arma de fogo. André foi preso portando uma pistola calibre .40, identificada como a arma utilizada no crime.
A Polícia Civil apurou que a motivação do assassinato estaria ligada a uma disputa entre facções criminosas. Embora a vítima não tivesse antecedentes ou ligação comprovada com organizações criminosas, teria sido vista pichando siglas de um grupo rival dias antes do crime.
“Ele não era de facção até então, mas passou a andar com o pessoal que tinha tomado a região. Alguns resistentes da outra facção mandaram matar ele”, afirmou à época o delegado Cristiano Bastos, responsável pelo caso.
André é apontado como o executor e réu confesso, enquanto Denis teria fornecido a arma. Ambos foram presos sete meses após o homicídio e permanecem em prisão preventiva, conforme decisão judicial em audiência de custódia realizada em maio de 2025. O Ministério Público do Acre (MP-AC) denunciou a dupla em novembro de 2024.
O crime gerou grande comoção. Na época, a ministra Marina Silva lamentou a morte em publicação no X (antigo Twitter):
“Com imenso pesar e dor, recebo a notícia de que meu sobrinho-neto Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, foi assassinado em Rio Branco, no Acre. Cauã foi vítima da criminalidade que destrói vidas principalmente de jovens de bairros da periferia do nosso país. Que Deus sustente e console nossa família.”
 
				 
								 
															 
								