Mais dois homens foram presos nesta sexta-feira (17) suspeitos de envolvimento no assassinato de João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, em Cruzeiro do Sul (AC). Com as novas prisões, já são 16 pessoas detidas durante as investigações do caso.
As prisões fazem parte da Operação Sinério, deflagrada pelo Núcleo Especializado de Investigação Criminal (NEIC). Os suspeitos seriam integrantes do chamado “conselho rotativo” de uma facção criminosa, considerados parte da alta cúpula da organização.
De acordo com o delegado Heverton Carvalho, responsável pelo caso, os presos também são investigados por envolvimento em outros homicídios e roubos na região. Segundo ele, os suspeitos exerciam papel de liderança, autorizando execuções e assaltos.
Durante a ação, foram apreendidas duas armas de fogo, sendo um revólver e uma pistola. “São indivíduos de alta periculosidade que, inclusive, resistiram à prisão, sendo necessário o uso moderado da força por parte da equipe policial. Felizmente, não houve maiores danos”, explicou o delegado.
Terceira prisão na semana
Com essa operação, três pessoas foram presas apenas nesta semana por ligação com o assassinato de João Vitor. Na última terça-feira (14), um homem de 23 anos, apontado como integrante da facção que ordenou a morte, também foi detido. Segundo a polícia, ele teria participado de uma chamada de vídeo na qual os criminosos decidiram executar a vítima. O suspeito seria responsável pelas finanças da facção e chegou a mudar de apelido para tentar despistar os investigadores.
O caso
João Vitor desapareceu no dia 8 de março, após sair de casa sem avisar o destino. Seu corpo foi encontrado três dias depois no Rio Juruá. As investigações apontam que ele foi morto por ordem de membros da facção que se irritaram após um episódio ocorrido cerca de um mês antes do crime.
Na ocasião, João Vitor teria ajudado policiais militares durante uma abordagem no centro da cidade. O momento foi filmado por populares, mostrando o jovem imobilizando um suspeito com um “mata-leão”. A ação teria provocado a revolta de integrantes da facção, que decidiram sequestrar, executar e ocultar o corpo da vítima.
“Os indivíduos ficaram revoltados com a atitude dele durante essa abordagem e, posteriormente, resolveram sequestrá-lo e executar o crime, tentando ocultar o cadáver”, concluiu o delegado Heverton Carvalho.
 
				 
															 
								 
															 
								