Servidores da Educação fazem paralisação e protestam em frente à Prefeitura de Rio Branco

Servidores da educação municipal de Rio Branco realizaram, nesta segunda-feira (3), uma paralisação parcial em diversas escolas da capital. A mobilização culminou em um ato em frente à sede da prefeitura, no centro da cidade, para reivindicar reajuste salarial e valorização da categoria. Apesar da paralisação, nenhuma unidade escolar foi totalmente fechada.

Entre as principais reivindicações está o reajuste anual para compensar a inflação acumulada, que já ultrapassa 3,8% em 2025, além da correção de uma defasagem salarial estimada em mais de 10%.

O movimento, que não foi caracterizado como greve, ocorre em meio a um cenário de impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e a administração municipal. Segundo o diretor jurídico do sindicato, Ronilton Honorato, a paralisação é uma forma de pressionar por avanços concretos nas negociações.

“Temos participado de reuniões com a prefeitura, mas sem resultados práticos. O município alega que é preciso antes reformular o RBPrev para só então discutir reajustes, mas entendemos que uma coisa não depende da outra”, afirmou Honorato. Ele destacou ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal não impede o aumento, uma vez que os recursos da educação são vinculados e possuem destinação própria.

O sindicalista ressaltou que, embora haja uma decisão judicial que restringe a realização de greve, a paralisação é um direito garantido e serve para reforçar as pautas pendentes. “Estamos lembrando que nossa greve foi suspensa, mas temos direito à paralisação. Reivindicamos a reformulação do piso, o reajuste salarial, a atualização da tabela do PCCR e a progressão e promoção dos servidores da educação municipal”, declarou.

O ato foi realizado em frente à Prefeitura de Rio Branco, simbolizando o foco das cobranças na gestão municipal. O Sinteac informou que a paralisação tem duração prevista apenas para esta segunda-feira, mas não descarta novas mobilizações. Uma audiência marcada para o próximo dia 14, no Tribunal de Justiça do Acre, deve definir o futuro das negociações e esclarecer se as restrições às greves continuarão valendo.