O artista plástico Raimundo Ribeiro Mendes, conhecido no meio artístico como DIM, inaugurou nesta quinta-feira (13) a exposição “Cores da Amazônia”, no Palácio das Secretarias, em Rio Branco (AC). A mostra reúne obras que exaltam a natureza, a cultura e o cotidiano acreano, inspiradas na COP 30, conferência internacional sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém (PA).

Esta é a segunda edição da exposição — a primeira foi apresentada no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Para DIM, o objetivo é promover uma reflexão sobre a Amazônia por meio da arte.
“Essa minha exposição retrata a Amazônia e o Acre. São releituras de artistas famosos como Van Gogh. Tem Reflexão, um quadro de Jesus Cristo, e várias versões diferentes. Trabalhei por muitos anos na imprensa acreana como chargista e diagramador, e agora estou totalmente dedicado às artes plásticas”, explicou.
Entre os destaques, está a tela “Noite Estrelada na Gameleira”, uma releitura acreana do clássico “Noite Estrelada”, de Van Gogh.
“Eu quis trazer os artistas clássicos para o Acre. Então pensei: como fazer isso? Através da pintura. Fiz uma paisagem acreana com a técnica do Van Gogh”, contou o artista.
A relação das obras com a preservação ambiental e o tema da COP 30 também foi enfatizada por DIM:
“Usei a paisagem amazônica e os povos indígenas, como os Huni Kuin, para levar as pessoas a refletirem sobre a preservação da Amazônia”, destacou.
Outras telas chamam atenção, como “O Acre visto de cima”, inspirada em imagens antigas de Rio Branco.
“Essa tela é uma reprodução colorida de uma foto antiga em preto e branco. Mostra a rua do Tecidos Cuiabá e a manduquinha, a polícia do Acre antigamente. Fiz para relembrar o passado”, explicou.
Outro trabalho que desperta curiosidade é “A Ceia em Emaús”, onde o artista inseriu um detalhe simbólico da Amazônia.
“Coloquei o mamão, uma fruta típica e simples, que nasce em todo canto, até no quintal. O mamão simboliza a Amazônia”, disse.
Natural de Tarauacá e com 61 anos, DIM encerrou o evento com um convite ao público:
“Convido todos — os que gostam e os que ainda não gostam de arte — a virem prestigiar. A arte fala muito. A entrada é gratuita e as obras estão à venda.”
A exposição “Cores da Amazônia” permanece aberta ao público no Palácio das Secretarias, no centro de Rio Branco.
