Há exatos 122 anos, em 17 de novembro de 1903, o então ministro das Relações Exteriores José Maria da Silva Paranhos Júnior — o Barão do Rio Branco — assinava o Tratado de Petrópolis, na cidade de Petrópolis (RJ). O documento pôs fim à Revolução Acreana e oficializou a anexação do Acre ao território brasileiro. A data se tornou feriado estadual no Acre.
Embora a região pertencesse oficialmente à Bolívia, o Acre já era amplamente ocupado por seringueiros brasileiros, em sua maioria nordestinos que migraram para a Amazônia fugindo da seca e em busca de melhores condições de vida por meio da extração da borracha.
Os conflitos que marcaram a Revolução Acreana tiveram início em 1899, com a proclamação da República do Acre, e se estenderam até 1903, sob a liderança de Plácido de Castro, que comandou forças armadas locais na disputa pelo território.
O Tratado de Petrópolis é considerado a “certidão de nascimento” do Acre. Para garantir a anexação, o Barão do Rio Branco aceitou negociar áreas alagadas do Mato Grosso com a Bolívia e ainda ofereceu uma compensação financeira de 2 milhões de libras esterlinas. O acordo foi sancionado pelo então presidente Rodrigues Alves, que posteriormente daria nome ao município acreano de Rodrigues Alves.
Com o tratado, consolidou-se definitivamente a integração do Acre ao Brasil, encerrando um dos capítulos mais marcantes da história amazônica.