A Prefeitura de Rio Branco anunciou a construção de um chafariz e uma fonte interativa no local onde está situada a estátua do Coronel José Plácido de Castro, com o objetivo de atrair visitantes.
No entanto, o anúncio das modificações gerou preocupações entre arquitetos e urbanistas em relação aos possíveis danos ao patrimônio histórico da cidade, projetado em 1934 pelo renomado paisagista Roberto Burle Marx.
Para tranquilizar a população quanto à preservação do espaço durante a revitalização, o secretário de Infraestrutura da cidade, Cid Ferreira, assegurou que não haverá alterações no piso nem em nenhuma outra parte da praça, mantendo-se tudo conforme está.
A Promotoria de Justiça Especializada de Habitação e Urbanismo e Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), instaurou uma notícia de fato para apurar denúncia de possível dano ao patrimônio histórico e cultural de Rio Branco, em razão de obras executadas pela Prefeitura na Praça da Revolução.
Segundo a denúncia, as obras comprometerão as características históricas e culturais do local, inclusive com a retirada da estátua de Plácido de Castro, líder da Revolução Acreana, movimento que anexou o Acre ao Brasil.
O promotor de Justiça Luis Henrique Rolim solicitou que a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Seinfra), no prazo de cinco dias, encaminhe cópia do projeto das obras e informe se elementos históricos e culturais serão descaracterizados.
O promotor de Justiça solicitou, ainda, a paralisação imediata das obras até que a situação noticiada seja esclarecida. O prazo para informar sobre a suspensão das obras é de 72 horas.