Após a denúncia de assédio no sistema penitenciário do estado, contra o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Alexandre Nascimento, e o pronunciamento dos deputados em sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na última terça-feira, 21, surgiram informações de que Alexandre possivelmente será exonerado do cargo nos próximos dias.
Alexandre Nascimento é acusado de assédio moral contra as policiais penais da equipe “B” do presídio feminino. De acordo com um documento apresentado ontem pelo deputado estadual Arlenilson Cunha (PL), a situação ocorreu em 14 de maio, quando o presidente do Iapen, Alexandre Nascimento, adentrou a unidade prisional feminina de forma inesperada, convocando todas as policiais penais que estavam em serviço para uma reunião de portas fechadas, afirmando de forma ameaçadora que todos os telefone haviam sido grampeados pela Polícia Civil.

Diante dessa pressão e com a possível exoneração de Alexandre, o nome mais cotado para substituí-lo é o do presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Acre, Éder Azevedo. Atualmente, ele luta pelo Plano de Cargos e Salários e Remuneração (PCSR) da categoria, havendo inclusive movimentos agendados para cobrar melhorias salariais junto ao Estado.
O governador Gladson Cameli, informou na manhã desta quarta-feira, 22, em uma coletiva de imprensa, que dará a decisão final sobre a permanência ou saída de Alexandre.
“Desde segunda-feira venho me reunindo com a equipe, mas vou definir essa situação. Montei uma equipe para averiguar essa situação, para não ser injusto com ninguém, respeitando sempre as opiniões tanto de quem acusa e quem se defende. Mas eu vou tomar providências”, afirmou o governador.
Alexandre foi nomeado presidente do Iapen em 2023, após uma rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, substituindo o então diretor Glauber Feitosa.