Após o anúncio da vitória de Nicolás Maduro à presidente da Venezuela com 51% dos votos, feito na madrugada da última segunda-feira, 29, através do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. O Brasil poderá ficar isolado na América do Sul, caso reconheça de forma precipitada, o resultado das eleições na Venezuela, até haver uma total transparência da apuração e divulgação dos números finais.
A falta de transparência nos resultados também deve impedir que países desenvolvidos aceitem a anunciada reeleição de Maduro. O resultado? Uma possível manutenção das sanções econômicas à Venezuela, com potencial para agravar a crise econômica e social no país vizinho.
Os Estados Unidos, inclusive, devem anunciar mais sanções econômicas em meio à disputa eleitoral interna entre Kamala Harris, atual vice-presidente, e Donald Trump.
A ordem dentro do governo brasileiro era aguardar mais informações vindas da Venezuela para se posicionar sobre o resultado.
Assessores do presidente Lula avaliam, por exemplo, que antes é preciso que o Conselho Nacional Eleitoral divulgue todos os dados da eleição, como votos apurados, seções totalizadas e se houve impugnação de algumas votações.
O receio de assessores de Lula é que o Brasil fique totalmente isolado não só na América do Sul como também no mundo num momento em que o nosso país preside o G20 e vai sediar no próximo ano a COP30.
A avaliação é a de que reconhecer vitória de Maduro de forma precipitada pode desgastar o Brasil em vez de permitir que o país tire proveito do encontro e do comando do órgão internacional.