Deputados criticam falta de ações contra queimadas e poluição no Acre: ‘Está virando um caos’

Os deputados estaduais discutiram na manhã desta terça-feira, 3, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), sobre a crise ambiental que assola o estado, com foco nas queimadas e na poluição do ar, assim como a falta de ações efetivas por parte dos órgãos responsáveis.

O deputado Tadeu Hassem expressou sua preocupação com a crescente quantidade de focos de incêndio no estado, que atingiu quase 3.000 registros apenas em agosto. Ele lembrou que, no mesmo período do ano passado, houve um controle mais rigoroso por parte dos órgãos fiscalizadores e mencionou a ausência de uma atuação incisiva por parte do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) neste ano. 

“Eu não percebo por parte do IMAC um levantamento sério, detalhado, um acompanhamento, porque está virando um caos essa questão”, disse Hassem.

Já o deputado Eduardo Ribeiro destacou o impacto das queimadas na saúde pública, especialmente entre os servidores públicos estaduais com mais de 60 anos. Ele sugeriu que o governo do estado decrete ponto facultativo para esses servidores durante o período crítico de poluição.

“É interessante que o governo possa estar trabalhando no sentido de decretar o ponto facultativo para aqueles servidores acima de 60 anos, permitindo que eles cuidem de sua saúde”, afirmou.

Arlenilson Cunha, por sua vez, enfatizou a gravidade da situação, mencionando que o Acre apresenta o maior índice de queimadas dos últimos 20 anos, e criticou a falta de manifestações públicas em nível nacional e internacional, que outrora eram frequentes.

 “O discurso sempre foi que era culpa do presidente Bolsonaro, e agora? Não vejo nenhuma manifestação, nem dos artistas da Globo, nem do presidente da França, Macron”, criticou. Cunha sugeriu a realização de uma audiência pública para debater a questão ambiental com a participação do IMAC, Ibama e outras entidades relevantes.

Além da discussão sobre as queimadas, o deputado Arlenilson Cunha defendeu a gestão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, ressaltando as ações de  recapeamento de ruas e a modernização da infraestrutura municipal, alegando que a prefeitura está sendo modernizada e que Bocalom tem trabalhado incansavelmente. 

“É muito fácil chegar e apontar, mas vamos falar de dados e trabalho”, concluiu.