Na manhã desta quarta-feira, 25, durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os deputados retomaram o debate sobre o aumento de 50% do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que foi discutido na última terça-feira, 24, e não será mais aplicado a partir de 2025, após a mobilização de alguns membros da oposição.
O deputado Emerson Jarude mencionou a ausência dos líderes da base governista na sessão e elogiou os deputados que se empenharam para impedir o aumento.
“É importante que continuemos atentos a essa proposta, que é claramente um reflexo de interesses eleitorais. Não vamos permitir que esse projeto prejudique o cidadão acreano”, afirmou Jarude.
Ele criticou a falta de responsabilidade dos líderes da base, ao dizer que “eles precisam ter coragem para assumir suas posições em vez de se esconder atrás de justificativas”.
“Se o projeto for apresentado novamente, vamos combatê-lo com todas as forças”, declarou o deputado.
A deputada Michelle Melo também se manifestou, afirmando que o IPVA só não aumentou porque “estivemos aqui lutando contra essa patifaria”.
De acordo com ela, “essa luta não é apenas por nós, mas por cada cidadão acreano que não aguenta mais ser sobrecarregado por impostos absurdos que não trazem retorno em serviços de qualidade”, disse Michelle.
Melo também criticou a gestão do prefeito e do governo estadual, afirmando que ambos não têm cumprido suas promessas e estão apenas agravando a situação da população.
“As pessoas veem a política como algo negativo, mas hoje mostramos que é possível lutar e vencer. Não podemos aceitar um aumento que só beneficia os cofres públicos e penaliza a população”, completou a deputada.
O deputado Edvaldo Magalhães afirmou que a proposta de aumento do IPVA foi encaminhada pelo governo sem o devido conhecimento e que a pressão da sociedade foi crucial para impedir a aprovação.
“Queriam aprovar isso na calada da noite, mas a mobilização dos cidadãos fez a diferença. O governo precisa ser transparente sobre as suas intenções e não pode jogar as culpas para os outros”, destacou Magalhães.
Magalhães também trouxe à tona a questão do planejamento governamental. “Se o governo está aumentando a receita, por que está aumentando impostos? Precisamos de respostas e de ações concretas que beneficiem o povo, e não medidas que apenas aumentem a carga tributária já alta do nosso estado”.