De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 8, cerca de 68.736 pessoas vivem em favelas no estado do Acre, um número que representa aproximadamente 8,3% da população estadual.
A capital, Rio Branco, concentra 59,5% dessas comunidades, enquanto o restante, 40,5%, encontra-se fora da área urbana central, em regiões onde a infraestrutura é ainda mais limitada.
Esses números são maiores do que a média nacional que é de 8,1%, ou seja, em todo o Brasil, cerca de 16,39 milhões de pessoas vivem em favelas e comunidades urbanas.
Para o IBGE são consideradas favelas e comunidades urbanas locais que possuem características como: insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.
Em termos de diversidade racial, a maioria das pessoas que vivem nessas áreas são pardas, somando 46.781 habitantes, ou 8,5% da população parda total do estado. Outros grupos raciais também estão presentes: 14.593 pessoas brancas (8,2%), 6.463 pessoas pretas (9,1%), 140 pessoas amarelas (7,5%) e 759 pessoas indígenas (2,6%).
O levantamento também aponta um déficit significativo em saneamento básico. Embora 22.543 pessoas tenham acesso à rede geral de distribuição de água, outras 5.478 vivem sem conexão a esse serviço essencial, evidenciando as carências de infraestrutura nessas áreas.
Dentre os tipos de moradias, as casas predominam, com 20.502 unidades, seguidas por 438 condomínios, 1.336 apartamentos, 36 habitações em casas de cômodos ou cortiços e 7 em estruturas degradadas ou inacabadas. Ao todo, o Acre registra 22.543 domicílios permanentes ocupados em favelas e comunidades urbanas.