Durante sessão realizada na manhã desta quarta-feira, 27, na Câmara Municipal de Rio Branco, o vereador João Marcos Luz, manifestou sua posição sobre a denúncia do Ministério Público do Acre (MPAC) contra o prefeito Tião Bocalom, ao ser acusado de crime de homofobia relacionado ao veto do projeto cultural “Papai Noel Gay” e à sua justificativa pública sobre o tema.
Luz defendeu a postura do prefeito, alegando que Bocalom apenas expressou sua opinião em uma entrevista, após ser questionado sobre o projeto.
“O prefeito disse claramente: ‘Eu sou contra, porque Papai Noel é uma figura esperada pelas crianças, e elas não podem vê-lo de forma diferente da que tradicionalmente se vê’. Ele também destacou que o Papai Noel é uma expressão espiritual que deve respeitar as religiões e os valores cristãos”, afirmou o parlamentar.
O vereador criticou o que chamou de “agenda ideológica”, insinuando que há uma tentativa sistemática de desconstruir valores cristãos no Brasil.
“Isso não é um episódio isolado. Essa agenda está presente nas universidades, na imprensa, no Supremo Tribunal Federal e no Ministério Público. Eles querem doutrinar nossas crianças e acabar com os valores cristãos que sustentam nossa sociedade”, declarou Luz.
A denúncia contra Bocalom foi protocolada pelo MPAC junto ao Tribunal de Justiça do Acre. Além da acusação de homofobia, o Ministério Público pede uma multa de R$ 350 mil por danos morais coletivos, que deve ser destinada a entidades que combatem a homotransfobia no estado.
João Marcos Luz defendeu os valores cristãos, pedindo que a denúncia seja vista com cautela. “Não podemos aceitar que uma opinião baseada na fé e na tradição de uma figura cultural como o Papai Noel seja tratada como crime. Isso é um ataque à liberdade de expressão e aos nossos princípios”, concluiu.