A 17ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ do Acre, realizada neste domingo (1º), reuniu uma multidão em Rio Branco, transformando a Concha Acústica e o Canal da Maternidade em palcos de celebração e resistência. Contudo, o evento também foi marcado por controvérsias, incluindo a ausência de dois trios elétricos previamente confirmados e críticas diretas ao vereador João Marcos Luz (PL).
Durante a concentração no skate parque, próximo ao deck tratoria, os organizadores lamentaram o cancelamento de última hora dos trios, apontando para uma possível articulação contrária da Câmara Municipal. Germano Marino, ativista e presidente do Conselho Estadual de Combate à Discriminação LGBTQIAPN+, sugeriu um boicote deliberado: “Temos uma Câmara que luta para que a Parada não aconteça. Hoje, pela primeira vez, tivemos dois patrocinadores que prometeram trios, mas cancelaram no dia. Isso não vai nos parar.”
A passeata, repleta de cartazes com mensagens de amor e inclusão, também não poupou críticas ao vereador João Marcos Luz, autor de um projeto de lei que busca proibir a presença de crianças em eventos LGBTQIAPN+, considerado inconstitucional por especialistas. Entre os dizeres exibidos, um cartaz ganhou destaque: “Vai ter criança, sim”. O ativista Gerônimo Arthur ironizou o parlamentar: “O nome dele é Marcos Luz, mas parece que quer apagar a nossa luz. Que ele venha brilhar conosco.”
Apesar dos contratempos, o evento seguiu com apresentações artísticas e ações de conscientização, encerrando a Semana da Diversidade em clima de festa e resistência. “A Parada é mais que uma celebração; é um grito por cidadania e respeito”, enfatizou Marino. A multidão respondeu com aplausos, mostrando que, apesar dos desafios, a luta por direitos segue vibrante no Acre.
