Policiais militares e bombeiros do Acre se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Aleac) nesta quarta-feira (12) para exigir isonomia salarial e valorização profissional. Os servidores denunciaram que há mais de uma década os reajustes salariais foram insuficientes, afetando diretamente a motivação e as condições de trabalho na segurança pública.
Kalyl Moraes, presidente da Associação dos Militares do Acre, afirmou que a manifestação dá continuidade às reivindicações iniciadas em 2018, quando foi prometida a valorização dos militares ativos, inativos e pensionistas. “Houve avanços estruturais na PM e nos Bombeiros, mas, quando se trata da remuneração do militar estadual, nada mudou”, declarou.
Moraes lembrou que, durante a campanha eleitoral, o governador Gladson Cameli assumiu publicamente, inclusive em rede nacional, o compromisso de valorizar as forças de segurança. “Estamos no sétimo ano de governo e ainda não vimos nenhuma medida concreta. Pedimos estudos sobre o impacto financeiro, pois quem tem os dados reais é o Estado. Nossas projeções indicam um déficit superior a 51% em relação à inflação”, destacou.
Segundo ele, os militares acreanos possuem a menor remuneração entre as forças de segurança do país. “Até agora, sequer uma contraproposta nos foi apresentada”, lamentou.
A tenente Maria José, da reserva da Polícia Militar do Acre (PMAC), também participou da manifestação e reforçou que, embora tenham sido adquiridos novos equipamentos, como viaturas e armamentos, os salários seguem estagnados há mais de dez anos. “A segurança pública que o Estado tanto necessita depende de profissionais motivados”, frisou.
Ela destacou ainda as dificuldades enfrentadas pelos militares para sustentar suas famílias. “Nosso salário está defasado. Mal conseguimos manter nossas famílias com dignidade. Precisamos ser reconhecidos para exercer nosso trabalho com mais motivação. Por isso, apelamos à Aleac e ao governo para que olhem para nossa situação”, concluiu.