O deputado estadual Fagner Calegário (Podemos) alertou, nesta quarta-feira (12), para a defasagem nos pagamentos de empresas terceirizadas contratadas pelo governo do Acre. Segundo ele, enquanto algumas conseguem manter os contratos em dia, outras enfrentam dificuldades para pagar impostos e benefícios trabalhistas, o que pode comprometer a prestação de serviços e levar à falência diversos negócios.
Durante entrevista ao Boa Conversa Edição Aleac, Calegário revelou que o déficit de repactuação já ultrapassa R$ 50 milhões, forçando empresários a recorrerem a empréstimos bancários para manter suas atividades.
“O rombo já passa de R$ 50 milhões. As empresas estão pegando empréstimos, e o lucro já não existe mais. Há atrasos no pagamento de impostos, FGTS e INSS. A falta de reajuste nos contratos causa um efeito devastador: primeiro quebra a empresa, depois prejudica o trabalhador”, afirmou.
O parlamentar destacou que os funcionários terceirizados são os mais impactados, ficando sem garantias trabalhistas. Para ele, a situação exige uma solução urgente para evitar o colapso do setor.
CALEGÁRIO AVALIA CANDIDATURA À CÂMARA FEDERAL COM ‘PRUDÊNCIA
Ao falar sobre o futuro político do Podemos no Acre, Calegário ressaltou que o partido tem crescido e se preparando para novos desafios. Questionado sobre uma possível candidatura à Câmara Federal em 2026, ele reconheceu que essa é uma aspiração comum entre os parlamentares estaduais, mas garantiu que tomará a decisão com responsabilidade e sem vaidade.
“Na Aleac, todo mundo sonha em ir para a Câmara Federal, e eu sonho junto com minha equipe. Mas essa decisão não será baseada no ego ou na vaidade, e sim nas condições necessárias para disputar”, afirmou.
Calegário também demonstrou desconforto com sua posição como líder do Podemos na Aleac, alegando que algumas decisões importantes têm sido tomadas sem seu conhecimento. Ele reforçou sua postura independente dentro da sigla.
“Fica difícil ocupar esse papel quando não sei o que está acontecendo. Não me sinto confortável nem seguro para falar pelo partido. Meu posicionamento é independente, e o que for positivo, a gente vai apoiar”, concluiu.