Rio Acre recua, mas cheia já afeta mais de 31 mil pessoas e Defesa Civil alerta para novas chuvas

Mesmo com a leve redução do nível do Rio Acre em Rio Branco nas últimas horas, a enchente já afeta mais de 31 mil pessoas na capital. Segundo a Defesa Civil, o rio atingiu 15,87 metros na noite de segunda-feira (17) e, na primeira medição desta terça-feira (18), marcou 15,80 metros. A cota de alerta na cidade é de 13,50 metros, e a de transbordamento é de 14 metros.

De acordo com o balanço parcial da Defesa Civil:

• 8,6 mil famílias foram diretamente atingidas pela enchente, somando 31.318 pessoas afetadas;

169 famílias estão em abrigos da prefeitura, totalizando 544 pessoas desabrigadas;

• 598 famílias ficaram desalojadas e precisaram se abrigar na casa de parentes ou amigos;

• 19 comunidades rurais foram atingidas, sendo três completamente isoladas;

• 43 bairros de Rio Branco estão sofrendo os impactos da enchente.

O prefeito Tião Bocalom decretou situação de emergência na sexta-feira (14), e as famílias desabrigadas começaram a ser levadas para o abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana, chamado de Parque Abrigo. No local, elas recebem alimentação e assistência da prefeitura.

O coordenador da Defesa Civil municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, alertou que ainda é cedo para comemorar a baixa no nível do rio, já que há previsão de mais chuvas para os próximos dias. Além disso, a normalização das águas pode levar até o início de abril.

Situação em outras regiões do estado:

Porto Acre: o nível do rio subiu 3 cm e chegou a 13,76 metros, acima da cota de transbordamento;

Plácido de Castro: o Rio Abunã atingiu 13,06 metros, afetando três bairros e duas famílias na zona rural;

Cruzeiro do Sul: o Rio Juruá segue acima da cota de transbordamento, marcando 13,62 metros;

Tarauacá: o rio recuou 15 cm, mas ainda está acima da cota de transbordamento, com 10,59 metros;

Feijó e Mâncio Lima: decretaram situação de emergência devido ao aumento do nível dos rios e afluentes.

A Defesa Civil pede que os moradores não tentem se deslocar para os abrigos por conta própria e acionem o número 193 para que o resgate seja feito de forma segura.